O que vem por aí na pentalogia Biles vs Rebeca

O capítulo deste sábado (3) foi só o terceiro do que será uma pentalogia (obra dividida em cinco partes) entre Simone Biles e Rebeca Andrade.

Protagonistas da disputa por equipes, na final do individual geral, e no salto, as duas voltam a se enfrentar mais duas vezes em Paris, sempre com a norte-americana cotada a uma medalha acima da de Rebeca. Mas as duas são favoritas, a dois pódios.

Ambas as finais serão na segunda-feira (5), no último dia de provas da ginástica artística em Paris. A primeira, na trave, a partir das 7h38. A segunda, no solo, começando às 9h23 de Brasília.

Na trave, qualquer queda pode custar uma medalha. Que o diga a chinesa Qiyuan Qin, a melhor do aparelho na final por equipes e no individual geral, com 14,500 e 14,600, respectivamente, mas que caiu nas eliminatórias e nem chegou à final.

A outra chinesa especialista no aparelho, Yaqin Zhou, fez o contrário e é favorita ao ouro, se acertar como nas eliminatórias, quando tirou 14,866 nas eliminatórias.

Biles e Rebeca vêm logo atrás. A norte-americana acertou as três apresentações que fez, em Paris, com notas 14,733, 14,336 e 14,566. Se mantiver a regularidade, tem lugar certo no pódio.

Já a brasileira foi muito bem nas eliminatórias (14,500), mas teve desequilíbrios nas duas finais que já disputou, com duas notas 14,133. Ainda assim, passou sempre de 14.

Sua principal adversária pelo pódio é Sunisa Lee, norte-americana que fez seu melhor na final por equipes, 14,600. Nas outras duas apresentações, teve 14,033 e 14.000.

Julia Soares chega à sua primeira final individual olímpica, aos 18 anos, precisando de quedas de rivais para sonhar com uma medalha. Ela fez 13,800 nas eliminatórias. Já Flavia Saraiva tinha potencial de brigar pela medalha, tanto que tirou 14,266 na final do individual geral. Mas ela caiu do aparelho nas eliminatórias e não está na final.

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No solo, Biles sobra. Sua pior apresentação no Mundial valeu 0,4 pontos a mais do que a melhor de todas as outras - no caso, Rebeca.

A brasileira fez 13,900 nas eliminatórias, 14,200 na final por equipes e 14,033 no individual geral, quando um giro ginástico dela não foi considerado e reduziu sua nota de partida em 0,2. Para a decisão, a série deve ganhar também um flip, que aumentaria a nota em outros 0,2.

Jordan Chiles (13,966 na final por equipes), dos EUA, Sabrina Maneca-Voinea (13,900 na final por equipes), da Romênia, e as italianas Alice D'Amato (13,700 nas eliminatórias) e Manila Esposito (13,633 nas eliminatórias) podem ameaçar a brasileira.

Jade Barbosa (14,500 nas eliminatórias), Julia Soares (idem) e Flavinha (13,433 na final por equipes) até poderiam brigar por medalhas com suas melhores séries, mas não se classificaram à final.

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