19 minutos de acréscimos: por que o jogo do Brasil durou quase duas horas?
Do UOL, em São Paulo
03/08/2024 20h35
A classificação da seleção brasileira feminina de futebol à semifinal das Olimpíadas de Paris 2024 veio, mas o total de 19 minutos de acréscimos no segundo tempo tornaram a vitória mais dramática do que deveria ser. Somado os 6min extra da etapa inicial, o duelo durou 115 minutos, ou seja, quase duas horas.
Nas redes sociais, é amplo o debate e a crítica de que a árbitra norte-americana, Tori Penso, não tinha motivos para alongar tanto a partida deste sábado (3), em Nantes, que terminou 1 a 0. Mas o que diz a regra e a determinação da Fifa?
O que aconteceu
Na teoria, não houve mudança formais. Desde a Copa do Mundo do Catar, porém, a Fifa orientou os árbitros a darem mais acréscimos do que o padrão vigente no futebol mundial, devido ao excesso de paralisações. Como a entidade máxima do futebol também é responsável pelo torneio olímpico, vale essa recomendação.
Relacionadas
Na estreia da Argentina nestes Jogos, no futebol masculino, além da confusão sobre o gol anulado pelo VAR contra o Marrocos, a arbitragem deu 15 minutos de acréscimos. Além disso, no duelo contra a França pelas quartas de final, foram mais 12 minutos, sem motivos aparentes.
Jogo não teve longas paralisações
No Brasil x França deste sábado, o segundo tempo transcorreu sem paralisações em excessos. Foram três para substituições, um gol e alguns momentos de lesões e cartões. Sem VAR. Na prática, não seria o caso de tanto tempo. Depois dos 16 minutos indicados, a árbitra deu mais três dentro da própria prorrogação, mesmo com a bola rolando sem muitas interrupções.
Isso gerou apreensão e até revolta no time brasileiro. A volante Ana Vitória foi flagrada fazendo o gesto de roubo logo após o anúncio dos acréscimos. A título de curiosidade, o primeiro tempo teve seis minutos, mesmo com os quatro minutos de demora para cobrar o pênalti defendido por Lorena.
Muitos brasileiros entraram em desespero e geraram memes sobre a situação. A frase "até a França empatar" surgiu várias vezes. A skatista Rayssa Leal, medalhista de bronze em Paris, foi uma das que clamou pelo fim do jogo. Ela estava no estádio de Nantes.
Inclusive, o perfil no Instagram da árbitra norte-americana está cheio de comentários em português. Alguns falam em "inventora do terceiro tempo" e que ela "tinha que sair algemada do estádio".
Com a vitória, graças ao gol de Gabi Portilho, o Brasil agora tem a revanche contra a Espanha, na próxima terça-feira (6), pelas semifinais, em Marselha. O outro duelo é entre Alemanha e Estados Unidos.