'Na força do ódio': Rafaela Silva exalta bronze inédito do Brasil no judô

Rafaela Silva conseguiu. Oito anos após ter ficado na posição mais alta do pódio no Rio de Janeiro, a experiente judoca conquistou a sua segunda medalha olímpica, desta vez por equipes. Foi na "força do ódio", como ela mesma disse, e não poderia ter sido de maneira diferente.

O que aconteceu

Rafaela Silva disse que a equipe brasileira confiava na conquista da medalha por equipe: "Nem que fosse na força do ódio'. Ela contou que os judocas conversavam entre eles durante a semana, em meio às competições individuais.

Por sorte ou destino, a campeã olímpica em 2016 foi a responsável por sacramentar a conquista. O Brasil empatou com a Itália por 3 a 3 e a decisão foi para a "luta da morte". O sorteio definiu que a categoria que definiria o bronze seria a dela, até 57kg.

Rafaela cumpriu seu objetivo e não volta de Paris com a "mala vazia". Ela bateu na trave na disputa do individual, caindo na semi e perdendo também na disputa pelo bronze. Inconformada com o resultado, ela voltou ainda mais focada e atropelou em todas as suas lutas na campanha por equipes deste sábado (3).

Com certeza [o bronze] é especial. Bati na trave, cheguei até a semifinal no individual e fiquei sem medalha. A gente conversava todo dia, falava que essa medalha era nossa: 'Nem que seja na força do ódio'. Não podíamos sair daqui sem essa medalha. Podia ter acabado antes, mas Deus colocou essa luta na minha mão, consegui sair com vitória. Contra uma atleta chata, perdi para ela da ultima vez, sabia que ia ser dura, mas não podíamos sair daqui com a mala vazia. Rafaela Silva, à TV Globo

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