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Recorde de Cielo sobrevive. E finalistas olímpicos lembram dos supermaiôs

Cesar Cielo continua como recordista dos 50m livre Imagem: Matthias Hangst/Getty Images

Do UOL, em Paris

03/08/2024 05h30

O print de César Cielo foi renovado: mais uma vez, o recorde mundial dos 50m livre sobreviveu a uma final olímpica. Já foram quatro, desde que ele estabeleceu a marca em dezembro de 2009, no Campeonato Brasileiro de Natação, em São Paulo.

20s91 é o número mágico. Um tempo que continua inalcançável. Na sexta-feira (2), o australiano Cameron McEvoy terminou a prova em 21s25, a 0s34 da marca do brasileiro. Uma eternidade na prova mais rápida da natação.

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Mas, até quando o recorde de Cielo vai durar? E qual o tamanho da façanha do único nadador brasileiro campeão olímpico?

O UOL conversou com três finalistas da prova de sexta-feira, em Paris. Todos reconheceram a dificuldade de bater o recorde, mas também lembram um fator importante: ele foi obtido com os trajes tecnológicos —também conhecidos como supermaiôs— que aumentavam a flutuabilidade, davam vantagem competitiva e foram banidos dias depois do recorde, em janeiro de 2010.

Australiano Cameron McEvoy celebra após conquistar o ouro nos 50m livre nos Jogos de Paris-2024 Imagem: Quinn Rooney/Getty Images

"É um recorde realmente difícil. É um dos antigos. É um dos únicos que ainda permanece do tempo dos trajes tecnológicos. Então, sim, é um recorde realmente difícil porque não há margem. É uma prova de 50 metros, não há espaço para qualquer erro, então é isso que torna tão difícil", disse o canadense Josh Liendo, quarto colocado na prova.

"É muito difícil de quebrar, porque o traje antigo costumava ser muito eficaz na água, especialmente para pessoas grandes. Então, em 2009, todos os atletas começaram a treinar para se tornarem mais fortes e também mais rápidos", acrescentou o italiano Leonardo Deplano, que terminou em sétimo.

O grego Kristian Gkoolomeev, sexto na prova destas Olimpíadas, também lembrou dos trajes tecnológicos ao falar da marca de Cielo. "É um recorde muito forte: 20s91, é incrivelmente rápido, muito rápido mesmo. É muito difícil quebrar esse recorde mundial em uma final olímpica", analisou.

Caeleb Dressel, dos Estados Unidos, já nadou duas vezes em 21s04 Imagem: Clive Rose/Getty Images

Até quando vai durar?

Da mesma forma que os três finalistas concordam que o recorde de Cielo é de altíssimo nível — ainda que com a ressalva dos trajes tecnológicos —, eles também estão de acordo em outro ponto: já há nadadores capacitados para superar o brasileiro. Só falta um deles acertar uma prova sem erros.

"Eu acho que é definitivamente possível superá-lo. Você já viu caras fazendo 21s0, mas teria que ser aquela prova perfeita: uma boa largada, um bom meio de prova e uma chegada sem erros. Alguém teria que fazer a prova toda excelente", disse Josh Liendo.

"Caleb (Dressel) e Cameron (McEvoy) já chegaram perto, então, tenho certeza de que alguém quebrará o recorde, mas quando eu não sei. Espero que alguém faça isso em breve e a assim a gente esqueça de vez os trajes tecnológicos", ponderou o italiano Deplano.

Por enquanto, ainda que com as ressalvas dos atletas sobre os supermaiôs, o recorde de Cielo perda. O print é eterno enquanto dura.

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