Surfe adiado de novo: disputa de medalhas de Medina e Tati é incerta hoje

O surfe nas Olimpíadas de Paris foi adiado novamente por condições climáticas e das ondas. Com isso, os brasileiros Gabriel Medina e Tati Weston-Webb podem não ir mais ao mar neste sábado (3) para disputar medalhas.

O que aconteceu

A disputa das semis e da final estava prevista para começar às 14h (de Brasília), mas foi adiada. A decisão foi tomada devido às condições do tempo e do mar em Teahupoo, no Taiti.

Uma nova chamada será realizada mais tarde neste sábado, às 16h30. A organização dos Jogos se reunirá para decidir se há como realizar as baterias ainda neste sábado, ou se será necessário postergar novamente.

Tati Weston-Webb durante a oitavas de final do surfe dos Jogos de Paris-2024
Tati Weston-Webb durante a oitavas de final do surfe dos Jogos de Paris-2024 Imagem: Ed Sloane/via REUTERS

Se mantida para este sábado, as fases finais começam às 19h. Nesse caso, a bateria semifinal de Gabriel Medina contra o australiano Jack Robinson será realizada por volta das 19h30, enquanto a de Tati Weston-Webb contra a costa-riquenha Brisa Hennessy ocorrerá perto das 20h50. As disputas pelo bronze e pelo ouro serão na sequência.

A janela da modalidade vai até 5 de agosto. Ou seja, ainda tem mais dois dias possíveis para o campeonato ser concluído, de acordo com o calendário dos Jogos.

Adiamentos

O surfe nas Olimpíadas foi adiado diversas vezes. Os atletas chegaram a ir ao mar para as primeiras fases, mas depois ficaram dias "de molho".

Segundo a ISA (Federação Internacional de Surfe), que comanda a competição, o vento chegou mais cedo do que o esperado, atrapalhando a formação das ondas e interrompendo a disputa. A organização ficou monitorando as condições climáticas.

Continua após a publicidade
Gabriel Medina, surfista brasileiro, durante os Jogos Olímpicos de Paris
Gabriel Medina, surfista brasileiro, durante os Jogos Olímpicos de Paris Imagem: Ed Sloane/Getty Images

Um código vermelho foi emitido na última terça-feira (30) e se seguiu na quarta, fechando a praia para a prática do surfe. O alerta considera tanto a condição das ondas quanto do clima — vento muito forte e que vem da direção do mar para a praia prejudica a formação das ondas, por exemplo. O surfe foi liberado na quinta, com a organização apontando melhora nas condições climáticas e das ondas, último dia em que os surfistas foram à agua.

Um campeonato de surfe é normalmente realizado em alguns dias de competição dentro de uma janela de dias, assim como acontece nas Olimpíadas. A ideia é ter uma janela justamente para que as baterias sejam disputadas nos dias com as melhores ondas.

Siga o UOL Esporte no

O mar 'quebra-crânio'

Além das condições climáticas, as ondas de Teahupoo — que quer dizer 'mar dos crânios quebrados' na tradução do taitiano — também merecem atenção. Alguns atletas, por exemplo, usam capacetes durante suas baterias.

Continua após a publicidade

As ondas quebram em cima de uma bancada de coral rasa e afiada e que pode castigar até mesmo os surfistas mais experientes. A francesa Johanne Defay, por exemplo, sofreu um corte na cabeça após tentar dropar uma das maiores ondas do último sábado (27).

Teahupoo foi excluída do calendário feminino do Circuito Mundial por questões de segurança, mas voltou a receber uma etapa do feminino nos últimos anos. O local também registrou a morte do surfista local Briece Taerea em 2001.

Deixe seu comentário

Só para assinantes