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O Feitiço do Tempo de Ana Sátila: em Paris, ela está todos os dias na TV

Do UOL, em Paris

04/08/2024 17h56

Se você, como nós, acompanha as Olimpíadas de Paris, está preocupado com a saúde de Ana Sátila. Não, ela não se machucou. É que, após nove dias de Jogos, ela é figura onipresente nas transmissões.

Você está acompanhando o handebol, divide-se a tela e ela vai descer na canoa slalom. No dia seguinte, no meio do futebol, mais uma descida, agora no caiaque slalom. A última da brasileira foi no caiaque cross — uma mistura de descida em cachoeira brava com MMA.

É como se Ana Sátila vivesse sempre o seu Dia da Marmota —a referência é o filme Feitiço do Tempo, em que o protagonista, vivido por Bill Murray, está preso no mesmo dia e o amanhã nunca chega.

Nessa maratona, ela já disputou 12 baterias nos últimos dias, em três categorias diferentes. Ficou próxima de medalha nas duas primeiras. Foi a quarta colocada no caiaque slalom e a quinta na canoa slalom.

Está sendo uma maratona, nunca competi tantos dias direto, mas fazemos isso nos treinos sempre, várias descidas, claro treino não é uma competição como os Jogos Olímpicos. Confesso que não é fácil, mas espero competir em todos os momentos possíveis. Ana Sátila

Ela estará em ação mais uma vez nesta segunda-feira (5), porque, neste domingo (4), foi uma das poucas boas notícias que o Brasil teve no dia. Tem pela frente as quartas de final, se passar, a semifinal e, só então, a final do caiaque cross.

Vitórias no vôlei

O Brasil também teve vitórias expressivas com Evandro/Arthur, nas oitavas do vôlei de praia, e a seleção feminina, encerrando bem contra a Polônia na primeira fase do vôlei de quadra.

Evandro, da dupla com Arthur, tenta bloquear holandês durante jogo de vôlei de praia nas Olimpíadas Imagem: REUTERS/Louisa Gouliamaki

Na areia sob a Torre Eiffel, a dupla brasileira despachou os holandeses Van de Velde e Immers. O próximo desafio é a dupla sueca número 1 do ranking: Ahman e Hellvig.

Para quem não ligou o nome à pessoa, Van de Velde é aquele condenado por estupro anos atrás e que não ficou na Vila Olímpica para evitar exposição.

Já o vôlei feminino fez mais um jogaço em Paris, fazendo 3 sets a 0 nas polonesas e avançando às quartas com a melhor campanha entre as oito classificadas.

O time de Zé Roberto Guimarães venceu três jogos e não perdeu um set sequer. Agora, o Brasil vai enfrentar a República Dominicana.

O que deu errado para o Brasil

Mas foi um domingo difícil para o torcedor brasileiro. As chances de medalha não se concretizaram.

Hugo Calderano, no tênis de mesa, mostrou que sentiu muito o jeito que perdeu a semifinal. Ele não conseguiu jogar bem na disputa pelo bronze e terminou os Jogos em quarto lugar — melhor resultado para um atleta do continente americano na modalidade.

Felix Lebrun e Hugo Calderano durante disputa do bronze no tênis de mesa nas Olimpíadas de Paris Imagem: JUNG YEON-JE/AFP

E Marcus D'Almeida? Pegou um sul-coreano que ele mesmo chamou de Simone Biles do tiro com arco. O brasileiro número 1 do ranking caiu nas oitavas e viu seu algoz ser campeão olímpico de novo. Algo que acontece desde a Rio-2016.

Nem 10h (de Brasília) e duas frustração. Que tal o vôlei de praia? Carol e Bárbara começaram bem, mas o jogo contra as australianas desandou. Foram eliminadas nas oitavas.

O jeito é voltar os olhos para Ana Sátila e outros brasileiros nesta segunda-feira (5). E que eles saiam mais satisfeitos.

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