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Argentino naturalizado alemão elimina seu país e provoca citando Maradona

Gonzalo Peillat comemora gol da Alemanha diante da Argentina no hóquei sobre grama das Olimpíadas Imagem: AHMAD GHARABLI/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/08/2024 19h40

A Argentina foi eliminada do torneio olímpico masculino de hóquei sobre grama neste domingo (4), após derrota para a Alemanha por 3 a 2. O revés foi ainda mais dolorido para os argentinos porque Gonzalo Peillat, autor de um dos gols dos alemães, costumava jogar pela seleção Albiceleste.

O que aconteceu

Peillat atuava pela Argentina até 2019, naturalizou-se e defende a Alemanha desde 2022. O jogador criticou publicamente a estrutura do hóquei no país sul-americano e teria brigado com o treinador da seleção nacional, o que culminou em seu pedido para não defender mais a Albiceleste.

O argentino naturalizado marcou contra o próprio país onde nasceu. Peillat fez o segundo gol alemão, aos 24 minutos, e gritou efusivamente com o tento. As duas seleções marcaram mais uma vez, e os europeus avançaram para enfrentar a Índia na semifinal.

Peillat provocou os argentinos citando Diego Maradona. O argentino não mediu palavras ao explicar sua vibração por marcar contra o país de nascença.

Leio muitas coisas, mas sei que eu preciso ficar com a cabeça fria: dizer que não importa e seguir adiante. Quando tomei a decisão, sabia que metade ia gostar e metade não ia, mas no fim a vida é minha. A quem gostar, ótimo, e a quem não gostar 'sorry'. Como diria o Maradona, 'que sigam chupando' Gonzalo Peillat, à TV Pública da Argentina

O jogador de hóquei entende que os argentinos estão acostumados a lidar com questões esportivas da mesma forma que se relacionam com o futebol. "Se tivessem se colocado do mesmo lado quando sabiam que as coisas estavam ruins, mas não fizeram isso. Hoje o povo está sentado na sala de casa e criticando o que alguém alcançou. O que vou dizer, façam o melhor para o país e sigam adiante", disse à TyC Sports.

Peillat disse não ter arrependimento da decisão. Segundo ele, a relação com o país se mantém e a escolha foi meramente esportiva. "No momento que representei a Argentina, representei da melhor maneira. Uma medalha olímpica pouca gente na Argentina conseguiu. Hoje, digam o que digam, penso 'que boa decisão você tomou'", acrescentou.

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