'Difícil me recuperar': derrota na semi abalou Calderano em jogo do bronze

Hugo Calderano estava cabisbaixo e com os olhos marejados. Primeiro, não queria falar com os jornalistas, logo depois da derrota por 4 a 0 para Félix Lebrun, na disputa pelo bronze, no tênis de mesa; depois, mais calmo, mudou de ideia.

O mesatenista com o melhor resultado de um brasileiro na história admitiu que entrou em quadra ainda abalado pela derrota na semifinal. Na sexta-feira, ele perdeu por 4 a 2 para o sueco Truls Moregard, em um jogo de muitas chances perdidas.

"Foi bem difícil me recuperar da derrota na semifinal, eu não tive muito tempo. Eu tentei o meu melhor, claro que eu fiquei muito decepcionado de não ganhar aquela semifinal", admitiu.

Calderano afirmou que tentou assimilar a derrota em conversas com sua equipe e com pessoas próximas, mas reconheceu que a tarefa era complicada.

"Algumas horas depois e ontem o dia inteiro, eu tentei pensar como abordar essa disputa do bronze. Minha equipe me ajudou bastante, mas é claro que foi muito difícil para mim me recuperar", acrescentou.

Hugo Calderano na disputa da medalha de bronze no tênis de mesa nas Olimpíadas de Paris
Hugo Calderano na disputa da medalha de bronze no tênis de mesa nas Olimpíadas de Paris Imagem: Stephanie Lecocq/Reuters

Bola pra frente

Apesar da derrota neste domingo, Calderano tem motivos para comemorar: a campanha em Paris é a melhor da história de um mesatenista brasileiro nos Jogos Olímpicos. Antes, a façanha era dele mesmo: em Tóquio-2020, foi até as quartas de final.

"É claro que eu vou precisar assimilar esse resultado, que foi um resultado positivo, mas claro muito decepcionante no final, principalmente dessa forma", disse. Agora, Calderano ainda pode ajudar o Brasil na disputa masculina por equipes: está escalado no time que enfrenta Portugal, na segunda-feira (5), às 15h.

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"Com certeza a minha carreira e a vida não acabam aqui, eu acho que ainda tem muito mais para dar para o esporte brasileiro, para o tênis de mesa brasileiro", afirmou o quarto colocado em Paris.

Mas eu acho que eu só preciso de tempo para voltar. com calma, voltar a treinar, me dedicar, que eu sempre dou o meu 100%, sempre me dedico ao máximo, deixo tudo na mesa, nos treinos, todos os dias, 7 dias por semana. Qual não estou treinando, estou pensando em como fazer para melhorar, para evoluir. Acho que até aqui eu sempre continuei evoluindo constantemente e tenho certeza que não é aqui que eu vou parar de fazer isso."

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