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The Last Dance: aproveite a exibição de Rebeca no solo, pode ser última vez

Rebeca Andrade, ginasta brasileira, nas Olimpíadas de Paris 2024 Imagem: RICARDO BUFOLIN / CBG

Colaboração para o UOL, em Paris

04/08/2024 17h00

Assistir a Rebeca Andrade realizar uma série de solo é uma delícia, ainda mais quando se é brasileiro. Mas a experiência está com os dias contados. A não ser que um 'tchan' aconteça, a apresentação desta segunda (5), na final olímpica, é a última da carreira da brasileira.

"Solo, com certeza, para mim, é o aparelho mais difícil. Não é que seja difícil fazer os exercícios. É que é pesado para a minha perna, para o meu joelho, para os meus pés, para o meu tendão. São dores de cabeça e coisas que eu não preciso ter mais", explicou Rebeca em entrevista coletiva após a prata no salto.

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Ela já havia anunciado que não pretende mais competir no individual geral, que é a soma de quatro aparelhos, a não ser que esse 'tchan' a faça mudar de ideia. E a principal razão é porque está fisicamente cansada de um deles, o solo, que é o que mais exige das articulações dos membros inferiores.

No salto, que também tem alto impacto, ela pode treinar caindo no fosso de espuma e só mudar para o colchão semanas antes da competição alvo. Mas, no solo, a montagem de uma série exige mais do joelho na fase de treinamento. E é disso que Rebeca está cansada.

"Eu não preciso mais provar nada para ninguém. Eu já fiz tudo o que eu podia fazer dentro do meu esporte, estou muito orgulhosa de tudo o que eu conquistei, de todas as histórias que eu estou escrevendo, e do que eu já escrevi", justificou.

A despedida pode ser em grande estilo. Simone Biles é a grande favorita ao ouro — sua pior apresentação no Mundial valeu 0,4 pontos a mais do que a melhor de todas as outras —, mas logo depois vem Rebeca, favorita à prata.

A brasileira fez 13,900 nas eliminatórias, 14,200 na final por equipes e 14,033 no individual geral, quando um giro ginástico dela não foi considerado e reduziu sua nota de partida em 0,2. Para a decisão, a série deve ganhar também um flip, que aumentaria a nota em outros 0,2.

A apresentação de 90 segundos por dar a Rebeca sua sétima medalha olímpica. Ela ganhou duas em Tóquio-2020 e já tem três em Paris. Antes da final do solo, a partir de 7h30 de Brasília, compete na final da trave, para a qual se classificou com a terceira melhor das eliminatórias.

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