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Bernardinho se dispõe a continuar e promete seleção brigando no topo

Bernardinho durante a partida entre Brasil e Egito nas Olimpíadas de Paris Imagem: REUTERS/Siphiwe Sibeko

Colaboração para o UOL, em Paris

06/08/2024 05h30

Bernardinho não disse com todas as letras, mas considera que vai seguir como treinador da seleção brasileira de vôlei após a eliminação nos Jogos Olímpicos de Paris. Com contrato apenas para esta temporada, ele disse deixar o torneio com gosto amargo e vontade de fazer mais.

"Quero poder ajudar a voltar [à melhor fase]. Não quero sair do processo com um gosto amargo", disse o treinador, na primeira e única vez que atendeu a imprensa durante essa Olimpíada.

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Dono de quatro medalhas olímpicas com a seleção masculina, dois ouros e duas pratas, Bernardinho havia deixado o comando da equipe após o ouro no Rio, dando lugar ao amigo Renan Dal Zotto, que não fez um trabalho convincente. Terminou em quarto em Tóquio e não conseguiu renovar a equipe neste ciclo —exceção a Darlan, que ganhou espaço na força.

Pediu demissão um dia antes da conquista da vaga olímpica, usufruida por Bernardinho, que havia sido contratado para ser coordenador técnico da seleção e virou treinador-tampão. O veterano, porém, se segurou nas peças que já conhecia de sua passagem anterior: Bruno, Leal, Lucarelli, Lucão.

Então, a molecada pouco jogou. "E eu preciso aprender a lidar com a nova geração. Não é assim, não é assado. Eu tenho que ser melhor para eles. Não é gritando mais ou gritando menos. Tem que ser mais eficiente, ponto. Eu tenho que aprender", disse.

Todo o tom da entrevista foi de um treinador que já começa a pensar no que fará no futuro, como fará para a seleção sair do buraco em que se meteu. "Você pode escrever o que eu vou dizer aqui: o voleibol masculino vai voltar pra brigar com esses caras. Não tá brigando, mas vai brigar mais com esses principais times. Não tenha dúvida disso. Agora, vamos ter que trabalhar muito, ralar muito."

Bernardinho, porém, não cravou a continuidade. Ponderou dois fatores, principalmente. O primeiro é a vontade da família. Um dos argumentos para ele deixar a seleção francesa, em 2022, foi ficar mais perto das filhas. Outro, a vontade da CBV, que afinal é quem decide.

"Posso contribuir? Claro que eu posso contribuir. E vou contribuir. Vou contribuir, de qualquer forma. Só tem que ver: será que eu sou a pessoa ideal pra ser o treinador na próxima geração? Essa é uma questão muito importante", disse. "Eu preciso ter essa reflexão: vou me dedicar 100%? Vou estar em Saquarema de domingo à noite a sexta-feira. Se eu achar que eu não vou estar 100%, eu não posso estar. Então preciso fazer uma reflexão, junto com a confederação."

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