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Brasil caminha para recorde de medalhas, e meta de ouros ainda é possível

A cinco dias do fim dos Jogos Olímpicos de Paris, ainda é possível para o Brasil superar o número de medalhas obtidas há três anos, em Tóquio. Já a meta de sete medalhas de ouro ficou bem mais difícil - mas não impossível.

Em Tóquio, o Brasil teve 21 medalhas no total, recorde absoluto. No Rio, já havia tido campanha parecida, com 19. Em Paris, a tendência é um número semelhante —já são 13 medalhas conquistadas e garantia de lutar por mais duas, já que as seleções femininas de vôlei e futebol estão nas semifinais.

Já em ouros, foram sete nas últimas duas edições, e para o Brasil repetir esse desempenho terá que ter um alto aproveitamento (que não teve até aqui) nas principais chances que restam.

Duda e Ana Patrícia nas oitavas de final do vôlei de praia nas Olimpíadas
Duda e Ana Patrícia nas oitavas de final do vôlei de praia nas Olimpíadas Imagem: Esa Alexander/REUTERS

Favoritos brasileiros precisam de 100%

São cinco as disputas que têm brasileiros como favoritos, ainda que em só uma o Brasil apareça como o mais cotado nas bolsas de apostas: Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia. A cada real apostado, as bets pagam aproximadamente dois, o que significa que elas entendem que a chance de ouro é de pouco mais de 50%.

Pelo histórico, Isaquias Queiroz e Alison Piu também são candidatos ao ouro, mas o primeiro já não tem o favoritismo que tinha em Tóquio (passou o ano passado quase inteiro sem treinar adequadamente) e o segundo compete em uma das provas mais disputadas do atletismo atualmente.

Além deles, apenas Ana Marcela Cunha, na maratona aquática, e a seleção feminina de vôlei, se campeãs, não seriam surpresa.

Ou seja: para pular de duas para sete medalhas de ouro, o Brasil precisa que todos os cinco candidatos a chegar lá, de fato, cheguem.

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Gabriel Medina recebe a medalha de bronze no surfe dos Jogos Olímpicos
Gabriel Medina recebe a medalha de bronze no surfe dos Jogos Olímpicos Imagem: Willian Lucas/COB

Quem era favorito e não foi ouro

O histórico até aqui em Paris-2024 não tem sido assim, vide Rayssa Leal, Gabriel Medina e Beatriz Ferreira. Todos campões mundiais, favoritos e medalhistas de bronze na França.

Por outro lado, nenhum dos dois ouros conquistados até aqui estavam na conta. Rebeca Andrade era cotada à prata no solo, mas foi atrás do ouro. Mesma coisa para Beatriz Souza, que se acreditava que brigaria por um bronze.

Alison dos Santos, o Piu, no classificatório dos 400m com barreiras nas Olimpíadas
Alison dos Santos, o Piu, no classificatório dos 400m com barreiras nas Olimpíadas Imagem: Christian Petersen/Getty Images

Recorde de medalhas ainda é possível

Já para chegar à meta de pelo menos 21 medalhas o Brasil precisa de mais oito. Metade dessa diferença pode ser alcançada só com Isaquias, Piu, o vôlei e Duda/Ana Patrícia, todos em boa situação.

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As demais podem vir de diferentes frentes.

  • No atletismo, Caio Bonfim e Viviane Lyra estão em grande fase e podem disputar até o ouro --chegaram a liderar o Mundial e só perderam por intervenção dos árbitros.
  • Na ginástica rítmica, o conjunto brasileiro já não deve nada para Israel, Bulgária, China e Itália.
  • No skate park masculino, os três brasileiros têm chance, mas nenhum é favorito.
  • A seleção feminina de futebol já eliminou a França.
  • O handebol feminino e o basquete ainda estão vivos.

Além disso, faltam estrear os brasileiros do taekwondo. Nenhum é favorito ao ouro, mas todos têm histórico de conquistas importantes. Pelo histórico do Brasil, é possível mais uma medalha vir daí.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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