Brasil usa histórico de 'jogar bem' por 1ª vitória sobre EUA da NBA

Quando o Brasil venceu os EUA no Pan-Americano de 1987, havia ali uma quebra de paradigma do basquete mundial. Essa realidade se impôs de forma mais doída nas derrotas nos Jogos de Seoul e no Mundial de 1990, para URSS, Iugoslávia e Porto Rico. Era hora de chamar os profissionais da NBA.

Depois de 32 anos, o Brasil não venceu o time principal dos EUA desde aquele período. Haverá uma nova chance nas quartas-de-final das Olimpíadas de Paris-2024, na Arena Bercy. Neste período, houve vitórias da Alemanha, Argentina, Lituânia, Sérvia e Espanha, entre outros. Não do Brasil.

"Não ganhou. Como eu vi, se falava no Mundial de Turquia, um arremesso errado de Marcelinho. Brasil historicamente jogou bem contra os EUA. Não ganhou, mas jogou bem contra seleções muitas fortes", analisou o técnico da seleção, Aleksandar Petrovic

O treinador minimizou a falta de experiência de alguns de seus jogadores diante dos astros da NBA. Há um grupo bem acostumado a jogar contra os rivais, como Marcelinho Huertas, Gui Santos, Bruno Caboclo, entre outros. E outros mais jovens como, Yago.

"Gente jovem não tem medo. Se trata de responder coisa importante: fisicamente em defesa. Quando sente que se pode colocar na quadra, e não sofrer defensivamente, penso que Brasil pode responder aos EUA. Não vou ser louco de dizer que vamos ganhar dos EUA. Mas penso que podemos responder no plano físico", completou Petrovic.

Ex-jogador da NBA, o assistente técnico Tiago Splitter entende que o passado não é um fator em jogos, mas a estratégia para enfrenta o atual time norte-americano. "Quem tem pela frente, como vamos atacar, como defender? É um time muito forte. No papel, é o mais forte. A gente aposta nas nossas chances", explicou.

Para Gui Santos, companheiro de Stephen Curry no Golden State, não dá para dizer que é um time qualquer que o Brasil vai enfrentar. Mas o fator do jogo ser nas regras da FIBA, que obriga craques contra Curry a se adaptar, ajuda o Brasil.

"Não tem como falar que é igual. São diferentes, são os melhores do mundo. A diferença é que não estão acostumado a jogar o que estão acostumados, da NBA. É legal ter a experiência. Se a gente ganha, entrar na história não só do basquete do Brasil, quanto do mundo", disse, sonhador.

O jogador conta que conversou com seus companheiros de Warrios por mensagem depois de definido o cruzamento. Brincou que não ia ser fácil para os norte-americanos.

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O Brasil é um time bem menos conhecido dos EUA, do que os EUA são conhecidos pelo Brasil, como contou Yago dos Santos. Mas o duelo dos dois países é visto como um elemento do jogo em Paris. "Sem dúvida tem muita história por trás. Algumas não vivenciamos isso. É um combustível a mais para fazer algo histórico".

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