Por que atletas do atletismo estão tocando sino nas Olimpíadas?
Após as provas de atletismo que valem medalha no Stade de France, assim como aconteceu no título francês de rugby sevens, os vencedores tocaram o grande sino presente na parte lateral do estádio. Mas a grande dúvida é: Por que se utiliza o sino nas Olimpíadas?
O que aconteceu
Primeiro, o capitão francês de rugby sevens, Noah Dupont, tocou o sino após o título da França, na final do rugby sevens masculino, em que os franceses venceram o time de Fiji por 28 a 7.
Em seguida, os campeões olímpicos de atletismo adquiriram a "tradição" de tocar o sino. Entre eles, nomes como o norte-americano Noah Lyles, ouro nos 100m rasos, ou o sueco Armand Duplantis, ouro no salto com vara, todos tocavam o sino. Para a organização, a ideia era de marcar "o som da vitória olímpica", com apenas os vencedores de provas tocando o sino.
O sino foi criado pelo comitê organizador local com as inscrições "Paris 2024", nos mesmos moldes de sinos famosos, como o da Catedral de Notre Dame, justamente em Paris, que está fechada desde o dia 15 de abril de 2019, após um incêndio que destruiu uma das torres, e desde então, está 5 anos fechada para visitantes.
Se propõe que o sino, após as Olimpíadas e Paralimpíadas, seja utilizado na reinauguração da Catedral de Notre Dame, em dezembro. A ideia, segundo o comitê, é de que "o som da vitória olímpica seja ouvido na cidade pelas décadas seguintes", e que o sino, que é tocado nas Olimpíadas após as vitórias dos atletas, seja relembrado no futuro em Paris.
A Catedral de Notre Dame está em reparos desde o incêndio que queimou parte, mas não toda, da igreja. Os sinos de Notre Dame tocaram apenas duas vezes desde o incêndio, sendo uma vez para o funeral do ex-presidente francês Jacques Chirac, em 26 de setembro de 2019, e em 15 de abril de 2020, para marcar o primeiro aniversário do incêndio. Normalmente, os sinos tocam de hora em hora entre 8h e 21h, todos os dias.
Em entrevista à rede norte-americana NBC, o administrador do Stade de France, Pierre Andre-Lacout, ressaltou o papel dos Jogos na reconstrução da famosa catedral de 850 anos, um dos símbolos da capital francesa: "De certa forma, Paris 2024 está ajudando a reconstruir Notre-Dame. Uma parte dos Jogos e o espírito olímpico permanecerão em Notre-Dame por toda a vida".
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