Brasil toma susto na água, na pista e na praia, mas chance de recorde vive
Da Redação
São Paulo
07/08/2024 18h12
O Brasil deu mais um pequeno, mas importante passo para quebrar seu recorde de medalhas em uma Olimpíada. Com o bronze de Japinha no skate park, nesta quarta-feira, a delegação verde e amarela em Paris 2024 agora soma 14 medalhas. Faltam sete para igualar a marca estabelecida em Tóquio 2020 e, claro, oito para um novo recorde.
Outros passos vieram dos pés de Ana Patrícia e Duda, no vôlei de praia, Isaquias Queiroz, na canoagem de velocidade, e Alison dos Santos, o Piu, nos 400m com barreiras, mas com alguns sustos. Quem também colaborou nesta quarta-feira foi Almir dos Santos, que deu não um, mas três passos e se classificou para a final do salto triplo com a quinta melhor marca da fase classificatória.
Ana Patrícia e Duda invictas
Dupla número 1 do mundo, Ana Patrícia e Duda tomaram um pequeno susto e perderam os primeiros seis pontos do confronto com as letãs Tina Graudina e Anastasija Samoilova, mas se recuperaram a tempo e venceram em sets diretos: 21/16 e 21/10. Invictas, as brasileiras passaram para as semifinais e serão favoritas contra as australianas Mariafe Artacho del Solar e Taliqua Clancy, que são a parceria #26 do mundo.
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Suspense com Piu
Alison dos Santos não conseguiu ficar entre os dois primeiros de sua bateria nas semifinais dos 400m com barreiras e teve de ficar na beira da pista aguardando as outras duas séries para ter certeza de que seu tempo seria suficiente para lhe dar um lugar na final da prova.
No fim, porém, tudo deu certo. A marca de 47s95 de Piu foi a quarta melhor geral, e o brasileiro avançou à final, embora não tenha saído satisfeito da pista. Os três melhores do dia foram o norueguês Karsten Warholm (47s67), o francês Clement Ducos (47s85) e o americano Rai Benjamin (47s85).
Isaquias só em décimo
Atual campeão olímpico do C1 1000m, Isaquias Queiroz passou para as semifinais da prova em Paris 2024 apenas com o décimo melhor tempo entre os 16 classificados. O brasileiro, porém, não se mostrou tão preocupado e disse que aliviou no fim de sua prova para poupar energia.
Nesta quinta-feira, Isaquias volta a competir nas semifinais do C2 500m ao lado de Jacky Godmann e, se avançar, retorna no mesmo dia para a final. Na sexta, é a vez de participar das semifinais e, possivelmente, da final do do C1 1000m.
Final do salto triplo 16 anos depois
Pela primeira vez desde Jadel Gregório, em Pequim 2008, o Brasil tem um representante na final olímpica do salto triplo. O nome da vez é Almir dos Santos, oitavo colocado no ranking mundial, que fez a quinta melhor marca da fase classificatória, nesta quinta-feira.
O brasileiro saltou 17,06m e ficou atrás apenas do português Pedro Pichardo (17,44m), do espanhol Jordan Alejandro Diaz Fortun (17,24m), do americano Salif Mane (17,16m) e de Hugues Fabrice Zango (17,16m), de Burkina Faso. Afinal será na sexta-feira, às 15h13min (de Brasília).
Outras esperanças de medalha
Faltam quatro dias de competições em Paris, e o Brasil já tem pelo menos uma medalha garantida, já que a seleção brasileira de futebol feminino vai disputar a final contra os Estados Unidos.
E se há chances de medalhar na praia e na pista, no mar também há possibilidades com Ana Marcela Cunha, na maratona aquática. Além dela, a seleção feminina de vôlei está nas semifinais; a ginástica rítmica briga por pódio na prova por equipes; e o taekwondo tem esperanças com Caroline Santos (Juma) e Maria Clara Pacheco.