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Brasileira recorda angústia em espera de oito anos por medalha olímpica

Thaíssa Presti, medalhista de bronze em Pequim 2008 Imagem: Marcus Steinmyer/UOL

do UOL, em São Paulo

07/08/2024 13h00

Já imaginou ser medalhista olímpica, mas nunca poder dar a volta no estádio com a bandeira do seu país ou subir ao pódio para recebê-la? Foi essa angústia que viveu Thaíssa Presti, bronze no revezamento 4x100 em Pequim 2008. A confirmação da conquista veio apenas oito anos depois, durante a Rio-2016, devido à desclassificação da equipe russa por doping.

Aos 38 anos e já aposentada, Thaíssa recordou sua experiência em entrevista ao UOL no Parque Time Brasil, no último sábado (3), enquanto acompanhava provas das Olimpíadas de Paris.

"Terminamos em quarto lugar, o que já foi um ótimo resultado, mas é frustrante. Ficar no quase deixa aquela sensação de que faltou pouco para subir ao pódio. Em 2015, surgiram notícias sobre o doping na Rússia e retestaram as amostras. Uma das russas, que foi campeã, testou positivo. Ainda tivemos que esperar para ver se ela recorreria. A confirmação veio no fim de 2015 e, durante as Olimpíadas de 2016 no Rio, o Brasil passou de quarto para terceiro lugar."

Sensação de espera e alívio

"Sempre ficou uma sensação ruim. Eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser que queria me tornar uma medalhista olímpica. Tinha medo de que todo o processo terminasse em nada. As medalhas foram entregues em março de 2017, durante o Prêmio Brasil Olímpico. Quando coloquei a medalha no peito, me senti medalhista de fato."

"É ruim saber que é medalhista, mas nunca encostou na medalha. Quando coloquei no pescoço, finalmente me senti medalhista olímpica. Claro, faltaram momentos, como dar a volta no estádio com a bandeira e subir no pódio, mas prefiro ver o lado positivo. Tenho orgulho de ter encerrado a carreira com algo concreto", acrescentou.

Segunda medalha feminina

Para Thaíssa, a conquista da medalha olímpica representou muito mais do que apenas um feito esportivo. "Uma medalha muda muita coisa. Ninguém lembra do quarto lugar. O atletismo brasileiro tem 20 medalhas olímpicas, duas femininas: Maurren Maggi no salto em distância, e nosso revezamento 4x100. É algo muito grande. Até hoje, às vezes, penso: 'Nossa, como consegui chegar nesse nível?'."

Mais medalhas em Paris?

Thaíssa está otimista quanto às expectativas do Brasil para as provas restantes do atletismo nos Jogos de Paris.

"Tivemos o Caio Bonfim na marcha atlética com a prata, temos o Piu (Alison dos Santos), que é uma grande esperança, e o revezamento da marcha atlética, uma prova nova. Acredito em mais duas medalhas: do Piu e do revezamento."

Serviço do Parque Time Brasil

Endereço: Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001 - Alto de Pinheiros.

Horário de funcionamento: das 10h às 22h. Nos dias 10 e 11 de agosto, das 8h às 22h.

Ingressos: A entrada é gratuita de terça a sexta-feira, mas é preciso restagar o ingresso pelo site do evento (www.parquetimebrasil.com.br) ou na bilheteria nos Arcos do Triunfo. Aos sábados e domingos, o ingresso custa de R$ 20 (meia entrada) a R$ 180 (área VIP).

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