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Caio reconhece rivais melhores após 7º lugar: 'Messi e Cristiano da marcha'

Caio Bonfim, do Brasil, na prova do revezamento da marcha atlética nas Olimpíadas de Paris Imagem: David Ramos/Getty

Colaboração para o UOL, em Paris

07/08/2024 06h59

Apesar da expectativa criada pelos próprios atletas para uma possível medalha do Brasil no revezamento da marcha, o sétimo lugar não surpreendeu Viviane Lyra e Caio Bonfim. Por um motivo fácil de explicar e de entender: os rivais são melhores.

"Eles ficaram na frente porque eles são melhores. Não é por causa da recuperação, não é porque eles se recuperaram melhor [da prova individual]. É porque na hora que junta as duas duplas, as outras duplas foram melhores", justificou Caio Bonfim.

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A prova de revezamento tem a mesma distância da maratona, 42,125km, com cada atleta percorrendo metade desse trajeto, em duas etapas, alternando homens e mulheres. Como a disputa é mais longa, o pelotão se dissolve, e os talentos individuais aparecem.

"A Viviane teve que lutar com a Glenda [Morejon], equatoriana, e uma peruana [Kimberly Garcia], que são nossos adversários diretos na América do Sul. Um é o Messi e o outro é o Cristiano Ronaldo", explicou Caio Bonfim.

Fã de futebol, ele já havia definido o equatoriano Jeferson Perez, aposentado, como o "Pelé da marcha", desta vez preferiu não explicar quem é o craque argentino e quem é o português, porque a discussão sobre o melhor do futebol é outra. Mas demonstrou como é difícil competir com os melhores.

"A Glenda é recordista sul-americana com 20 anos, bicampeã mundial. E ela está com o [Braian] Pintado desse jeito aí, e deixa lá na frente para ela, e ela só tem que manter o resultado. E ela destroi. E mesmo assim não chegou perto da espanhola, porque os dois espanhois são bicampeões mundiais, dos 20km e dos 35km. Os caras têm velocidade e têm resistência. Então assim: o que a gente tinha que fazer?"

Espanha e Equador dispararam na frente e terminaram com ouro e prata, respectivamente. Muito por conta de Jemima Montag, a Austrália foi bronze, enquanto Kimberly não conseguiu carrerar o Peru nas costas até o pódio, terminando em quarto.

O Brasil foi sétimo, logo atrás da Itália, que tinha os dois campeões olímpicos de Tóquio. "Acreditamos, lutamos. A gente sabia que estava entre os oito. Então a gente acreditava que estando entre os oito a gente podia brigar. Pô, os italianos foram sextos. Os caras campeões olímpicos, né? Perdemos pros grandes", resumiu Caio.

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