Efeito Rebeca faz lista de espera travar em Instituto Hypólito de ginástica
O sucesso de Rebeca Andrade em mais uma Olimpíada já pode ser dimensionado no "efeito manada" nos projetos sociais de ginástica artística. Somente nos últimos dias, o Instituto Hypólito, do medalhista olímpico Diego Hypólito, teve uma procura de mais de dois mil pais dispostos a inscrever seus filhos na modalidade.
O que aconteceu
O instituto atende cerca de 200 crianças de maneira gratuita. Ele foi criado há pouco mais de dois anos e fica situado no bairro da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Com uma limitação física e financeira, o instituto travou a lista de espera em 500 pessoas. E isso antes mesmo das medalhas de Rebeca e companhia acontecerem em Paris.
Hoje nós temos uma fila de espera de pouco mais de 500 crianças. Essa fila foi travada ano passado, porque é muita gente procurando. Temos, por dia, mais de 50 procuras, e isso antes dos Jogos Olímpicos, desde o ano passado
Edson Hypólito, diretor do instituto e irmão de Diego Hypólito, ao UOL
'Se colocar 5 mil vagas, vão esgotar as 5 mil'
O Instituto Hypólito fechou mais um patrocínio recentemente e negocia com outro. Também há um projeto em curso para a inauguração de mais duas unidades.
Por mim, colocaria todas as crianças aqui, mas a gente fica muito restrito por causa do valor aportado, nós precisamos de mais parceiros, mais patrocinadores para que a gente consiga aumentar esse número de vagas, porque se você colocar cinco mil vagas, vão esgotar as cinco mil
Edson Hypólito
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Confederação já é exemplo para outros países: "Começou lá com a primeira medalha mundial da Daniela [Hypólito], daí para frente foram melhorando, mas também nós fomos nos profissionalizando. A confederação de ginástica, hoje, é extremamente profissional, copiada por outras confederações lá de fora. E tem que ser copiada pelas confederações de outras modalidades aqui do nosso país, porque ela profissionalizou demais. O crescimento da ginástica nos últimos anos também é devido aos grandes gestores por trás de todo esse resultado. Agradecer também ao COB, que também profissionalizou muito. O CT tendo fisioterapeuta, psicólogo, médicos, toda a parte de exame, tudo o que o atleta precisa de suporte. Na nossa época eraum pouquinho mais difícil".
Ainda é necessário mais capacitação: "Acho que com esse crescimento hoje da ginástica, com o fenômeno Rebeca, cada vez mais nós teremos novos talentos, mas lembrando que a gente também precisa de mais investimento, e não digo só do instituto não, digo investimento em centros de treinamento, nas grandes academias. Precisamos ter mais profissionais de ginástica, capacitar mais esses treinadores, porque é um esporte muito específico e que demanda um treinamento gigantesco também de conhecimento. Temos que aproveitar mais nossos treinadores. O Chico agora foi gigante [Francisco Porath Neto, técnico da seleção]. Ele veio aprendendo com todos os treinadores que passaram, foi auxiliar de vários e hoje está aí. Precisamos de mais ginásio, de mais profissionais, de muito mais investimento, porque tenho certeza que quanto mais investir, maior ainda será a ginástica no nosso país".
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