Marta deve ser titular na final olímpica contra os EUA? Colunistas opinam
O técnico Arthur Elias tem uma grande decisão a tomar em relação ao time da seleção brasileira que inicia a final olímpica contra os Estados Unidos, sábado, às 12h (horário de Brasília), no Parque dos Príncipes. Escalar ou não a Rainha Marta como titular? A camisa 10 fica à disposição nos Jogos de Paris após ter cumprido dois jogos de suspensão.
O que disseram os colunistas
Não. Marta é craque, é a melhor da história, é a referência da equipe. Mas o time está bem sem ela e não vale a pena arriscar esse entrosamento agora. Vale a pena apostar em Marta como opção no banco. Ela por um tempo do jogo pode ser mais útil do que entrando desde o começo. E se o Brasil for campeão em nada muda o tamanho dela por ter ficado no banco
Danilo Lavieri
Não, não é apenas o clichê de que em time que se ganha, não se mexe. O Brasil, enfim, encontrou uma maneira agressiva de jogar, com e sem a bola, que não depende da Marta. Isso pode ser fundamental para conquistar a medalha de ouro
Luís Rosa
Sim. Marta foi a melhor em campo contra a Nigéria e foi outra vez contra o Japão. Nesse jogo, saiu de campo aos 39 do segundo tempo e o Brasil levou a virada com Marta no banco. Contra a Espanha, no primeiro jogo, ela foi muito mal e podia ter comprometido tudo. Expulsa, viu o time ter que se virar sem um meio de campo criativo e saindo em contra-ataques rápidos com três atacantes. Se estivesse em campo nesse segundo jogo contra a Espanha teríamos feito 7x1. Está na melhor forma em anos recentes, aguentou bem 90 minutos contra a correria do time nigeriano e os quase 90 em que estávamos vencendo o Japão. Tem que sair jogando
Milly Lacombe
Com todo o respeito, mas escolho a velha máxima de que time que está ganhando não se mexe. A própria Marta sabe que não aguentará o ritmo da final e ficará no banco sem maiores problemas. Mas no segundo tempo ela pode ser útil. Pode ser para ajudar em um jogo enroscado ou para ser homenageada nos minutos finais. Ela é a Rainha do Futebol e merece todas as reverências!
Milton Neves
Não. O time se acertou sem ela na semifinal. Marta pode ser mais útil entrando descansada no segundo tempo, dependendo do que o jogo pedir
Perrone
Não. Brasil fez uma péssima primeira fase com a Marta em campo e mudou da água para o vinho depois da saída dela. A culpa pode até não ser da nossa camisa 10, mas para que arriscar?
Rafael Reis
O que aconteceu
A camisa 10 foi expulsa na derrota para a Espanha, no último jogo da primeira fase. Ela recebeu dois jogos de suspensão por ter levantado demais a perna na dividida com Olga Carmona.
A jogadora ficou ausente das vitórias sobre a França [quartas de final] e Espanha [semifinal]. A CBF tentou apelar ao CAS (Justiça Esportiva) para ter a atleta contra as espanholas, mas o pedido foi negado.
Marta participa de sua sexta edição dos Jogos Olímpicos e pode voltar a disputar uma final olímpica — ela foi prata em Atenas-2004 e Pequim-2008, ambas contra os EUA.
O que disse o treinador
Eu já falei isso várias vezes. Isso faz parte desse trabalho, da gente saber manusear. Não é algo previamente discutido. Acabou o jogo agora, não é agora que a gente vai decidir. A gente vai sentir o grupo, a recuperação do grupo. Ela [Marta] é a maior jogadora de todos os tempos, ela tem essa oportunidade de vivenciar uma final olímpica. Não é a preocupação agora, sinceramente, eu não tenho como responder isso. Vou trabalhar com a equipe, a gente vai viajar novamente, a gente vai recuperar as jogadoras, ver quais são os problemas e buscar soluções
Arthur Elias, em entrevista à Cazé TV
Brasil elimina a Espanha e encara os EUA
O Brasil não tomou conhecimento e atropelou a Espanha por 4 a 2, na semifinal, nesta terça-feira (6). Paredes (contra), Gabi Portilho, Adriana e Kerolin marcaram os gols brasileiros. Paralluelo (duas vezes) descontou para as espanholas.
Marta, assim como fez contra a França, assistiu ao jogo direto de uma das tribunas do estádio.
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