Rafaela Silva revela italiana com medo antes do bronze: 'Estava se c...'

Rafaela Silva desembarcou no Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (7) com uma história engraçada sobre a medalha de bronze que trouxe das Olimpíadas de Paris. Envolve a italiana Veronica Toniolo e a luta que definiu a vitória que valeu o terceiro lugar na disputa por equipes.

Geralmente, quando sorteia o atleta que vai lutar, ele permanece no tatame e o restante sai. E eu vi que a italiana desceu junto com a equipe e foi beber água, e aí eu já pensei: 'Ela está se cagando'. Era o golden score, então qualquer pontuação já resolvia a luta, fui para definir. Durante a luta anterior, vi que ela me deixava numa posição confortável para entrar meu golpe e eu aproveitei a primeira oportunidade de conseguir marcar o ponto.
Rafaela Silva, sobre adversária italiana no golden score

Comer churrasco e dormir

Pais de Rafaela Silva, Luiz Carlos e Zenilda avisaram que farão um churrasco para a filha. E a judoca não vê a hora de que isso aconteça.

"Voltar para casa e ainda poder se alimentar bem... Todo mundo estava acompanhando as pessoas comentando sobre a alimentação lá na Vila [muitas críticas]. Mas eu também não podia ficar comendo muito, porque tinha que bater o peso duas vezes: no individual e na competição por equipe. Mas poder voltar agora e comer com a minha família vai ser a melhor coisa", disse a judoca.

Outro desejo que Rafaela Silva não vê a hora de realizar é dormir. A judoca evidenciou algumas dificuldades enfrentadas pelos atletas nas Olimpíadas de Paris.

Dormir! Dormir é muito bom, comer também. Lá acorda de manhã e o ônibus atrasa 50 minutos, você fica em pé porque não tem nem banco para todo mundo. Estava bem complicado. Agora a gente teve seis horas de atraso no voo e foi duro. Estávamos batendo cabeça no aeroporto, tomando conta das malas, mas a gente precisa descansar agora.
Rafaela Silva

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Resiliência após derrota: "Com certeza foi um momento bem complicado, eu fiquei bastante chateada. Cheguei até a semifinal no individual e acabei terminando o dia da minha competição sem medalha. Eu não queria falar com ninguém, queria ficar comigo ali, mas ao mesmo tempo acompanhando meus amigos durante a competição. Sabia o quão importante eu era para o time e o quanto a gente merecia aquela medalha na competição por equipe. Então tive que virar minha chavinha, me concentrar ali. Fiquei feliz de terem me sorteado ali, eu estava pedindo para sair meu nome, porque sabia da responsabilidade, do tamanho que era aquela competição. Fiquei feliz de dar o último ponto e sair com mais uma medalha olímpica".

Mulheres garantindo as medalhas para o Brasil: "Com certeza está sendo um momento importante não só para o judô brasileiro, mas para diversas modalidades. Assim como quando eu era mais nova via muitas meninas saírem do judô porque falavam que o corpo estava muito musculoso, que elas não estavam gostando, que não podiam ter a unha grande porque não dava para segurar no kimono, e acabava desistindo de um sonho ou de um objetivo. Então, poder mostrar para as pessoas que a gente pode ser mulher, pode ser atleta de alto rendimento, pode ser uma medalhista olímpica... É muito importante poder inspirar outras pessoas a irem atrás dos seus sonhos".

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Estará em Los Angeles-2028?: "Ah, é difícil eu cravar que estarei lá, são quatro anos de um processo novamente de classificação. A gente não sabe como vai funcionar ainda, mas o meu objetivo é, sim, estar em Los Angeles em 2028".

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