Augusto Akio supera pressão, faz 'volta perfeita' e garante bronze no skate

Augusto Akio, o Japinha, conquistou a medalha de bronze no skate park. Acertando sua volta apenas na última tentativa, o brasileiro "barrou o compatriota Pedro Barros — medalhista de prata em Tóquio 2020 e quarto em Paris — e garantiu um lugar no pódio nas Olimpíadas de Paris 2024. Luigi Cini também disputou a final, mas terminou na sétima colocação.

O ouro ficou, novamente, com o australiano Keegan Palmer, que conseguiu 93,11 logo na primeira volta. Enquanto a prata foi para o norte-americano Tom Schaar.

É a segunda medalha do Brasil no skate nas Olimpíadas de Paris. Rayssa Leal garantiu o bronze no street.

O que aconteceu

Apenas um dois oitos finalistas completaram a volta na primeira tentativa, e nenhum era brasileiro. O australiano Keegam Palmer — ouro em Tóquio 2020 — disparou na liderança, com 93,11, enquanto Tom Schaar (EUA) fez 90,11. O melhor brasileiro foi Pedro Barros, com um modesto 22,10, enquanto Akio fez apenas 2,66.

Pedro Barros e Augusto Akio se recuperaram na segunda volta, mas bateram na trave e não ficaram no top-3. Japinha fez 81,34 mesmo com uma queda no fim e pulou para a terceira colocação. Ele porém, foi ultrapassado pelo compatriota Barros e seus 86,41. O norte-americano Tate Carew, no entanto, empurrou o prata em Tóquio para fora do pódio ao fazer 91,17.

Japinha abriu a terceira rodada com 91,85 e secou todos para garantir com o bronze. Com uma volta perfeita, Akio pulou para a terceira colocação em sua última tentativa, e precisava secar sete atletas — incluindo os compatriotas — para ir ao pódio. Pedro Barros passou perto, com 91,65, mas ficou em quarto. Os demais não ameaçaram, e Augusto partiu para o abraço.

Como foi a final

A final começou com os três brasileiros: como chegaram à disputa por medalhas em sexto, sétimo e oitavo, eles abriram a pista. O primeiro foi Augusto Akio, seguido por Luigi Cini e Pedro Barros. Na primeira série, os três caíram e terminaram com notas baixas, sem chances de brigar por medalhas. Ainda restavam duas chances.

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Se os brasileiros não foram bem na primeira volta, os rivais também não estavam inspirados: os três competidores seguintes também falharam. O primeiro a acertar foi o norte-americano Tom Schaar, que ficou com a nota 90,11. O australiano Keegan Palmer veio logo depois e cravou 93,11.

Na segunda série, Akio foi novamente o primeiro a entrar na pista. A apresentação foi impecável até 5s do final, quando ele caiu ao aterrissar da na última manobra; ainda assim, ficou com 81,34. Luigi Cini veio na sequência e caiu logo no início.

Terceiro a se apresentar, Pedro Barros completou a volta sem cair, mas perdeu velocidade — e pontos — após um desequilíbrio, mas fechou em 86,41, pulando momentaneamente para o terceiro lugar. Ainda na segunda rodada, Barros foi ultrapassado pelo norte-americano Tate Carew (91,17). Tom Schaar também deu show, levou 92,23 e foi aplaudido pela lenda Tony Hawk.

Na rodada final, a briga parecia definida entre Keegan Palmer, Tom Schaar e Tate Crew, com Pedro Barros e Alex Sorgente correndo por fora. Mas Augusto Akio também queria entrar na disputa e, com uma ótima volta, pulou para terceiro, com 91,85. O brasileiro foi abraçado pela equipe e muito aplaudido pelo público na Arena de La Concorde.

Quando Luigi Cini caiu no fim de sua terceira volta, as chances do Brasil se reduziram a, no máximo, uma medalha. Pedro Barros poderia voltar ao top 3, tirando o amigo Akio do pódio provisório. Em mais uma volta de alto nível, o brasileiro teve pontuação 91,65, a apenas 0,20 do Japinha.

Apenas três rivais poderiam superar Akio. O primeiro, o australiano Keefer Wilson, caiu; o segundo, o norte-americano Tate Crew, também. Restava o italiano Alex Sorgente. Depois de um início promissor, ele também foi ao solo.

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Augusto Akio era medalhista de bronze, e a briga pelo ouro ficaria entre Keegan Palmer e Tom Shaar. O norte-americano não conseguiu superar o 93,11 do australiano e ficou com a prata.

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