Isaquias e Jacky terminam em último na final e ficam sem medalha no C2 500m
Isaquias Queiroz e Jacky Godmann foram os últimos na final e ficaram longe do pódio no C2 500m nas Olimpíadas de Paris.
O que aconteceu
A dupla brasileira terminou em 8º, com tempo de 1min42s58, com mais de 1s de distância para o bronze. Foi o pior tempo que eles registraram na prova desde as eliminatórias. Em Tóquio, os dois ficaram em quarto competindo no C2 1000m.
Os vencedores foram os chineses Bowen Ji e Hao Liu, com 1min39s48. A prata ficou com os italianos Tacchini e Casadei (1min41s08), enquanto os espanhois Dominguez e Moreno levaram o bronze (1min41s18). O placar, no entanto, indicou posições diferentes e gerou tensão até ser corrigido e informar as colocações exatas.
Isaquias e Jacky não conseguiram manter o fôlego durante o percurso. Competindo na raia 7, eles até largaram bem, mas viram os primeiros se distanciarem. A dupla brasileira passou a metade da prova em quinto e tentou aumentar a intensidade na reta final, mas acabaram sendo ultrapassados e cruzaram a linha por último.
Os brasileiros haviam avançado à final com tempo de "bronze" da semi. Mesmo terminando em terceiro em sua bateria, completando o percurso em 1min39s95, Isaquias e Jacky foram mais rápidos que os primeiros colocados da outra bateria da semifinal, que foi liderada pela dupla chinesa Ji e Liu (1min40s83).
Isaquias compete no C1 1000m e segue em busca da quinta medalha olímpica, mas não poderá mais igualar Rebeca em Paris — a ginasta é a maior medalhista brasileira, com seis. O atleta de 30 anos conquistou duas pratas e um bronze em 2016 e ganhou um ouro na última edição dos Jogos. Já Jacky disputou sua segunda edição de Olimpíadas.
Ele volta à água nesta sexta-feira, às 6h30 (de Brasília), para a semifinal do C1 1000m, sua principal prova. Ele deve retornar para disputar a final do individual, marcada para as 8h40, e defender seu ouro olímpico.
Isaquias não escondeu sua decepção com o resultado na dupla: "Resultado muito horrível". Ele lamentou que não conseguiu alcançar seu objetivo, mas focou em levantar a cabeça e focar no individual. Ele também se emocionou na entrevista à CazéTV ao falar sobre os sacrifícios da preparação.
Foi um resultado muito horrível em cima do que a gente trabalhou, do que o Lauro [treinador] trabalhou, do que o Comitê Olímpico investiu na gente. Ficar em último na final, por mais que seja uma final olímpica, não é um resultado excelente. Em cima do que a gente vinha evoluindo, não. É tentar fazer uma boa semifinal amanhã. Independentemente do primeiro lugar, eu quero poder passar o mais desansado possível para a final, porque se em 500m o braça já trava, imagine em 1000m. É pouco tempo para descansar. Isaquias Queiroz, ao UOL
Meu filho me ajudou na minha formação como pai de família, como um atleta melhor. Queria sair daqui com a medalha, não só uma e sim duas. Tinha vez que ele ia me chamar para jogar bola e eu não podia porque estava cansado. Eu queria retribuir todos os momentos que não pude passar com ele. Nós atletas, pais e mães de famílias, as vezes temos que deixar o filho para trabalhar e conquistar um futuro. Isaquias, à CazéTV
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