Argelinos celebram nas ruas ouro de boxeadora vítima de polêmica; veja
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra algumas ruas na Argélia tomadas por pessoas que acompanham e celebram o ouro conquistado por Imane Khelif nas Olimpíadas de 2024. A atleta esteve envolvida em uma das grandes polêmicas desta edição do Jogos. Ela foi alvo de ataques motivados por questões de gênero.
O que aconteceu
Imane Khelif venceu Yang Liu, da China, na final. Ela foi melhor nos três sets e levou por 30 a 27.
Após a vitória, a boxeadora levantou a bandeira da Argélia e celebrou com os torcedores. Os compatriotas a apoiaram durante toda a polêmica e lotaram a arquibancada do local da luta pelo outro.
O vídeo mostra que a luta foi transmitida em praça pública. Um telão foi montado e diversas pessoas lotaram as ruas para acompanhar.
L'Algérie fête la victoire de #Imane_Khelif un monde fou dans les rues d'Alger 🥇🇩🇿#JeuxOlympiques pic.twitter.com/5oN72AWubP
-- Hana Ghezzar Bouakkaz (@GhezzarHana) August 9, 2024
A polêmica
Imane e Lin You-Ying, de Taiwan, participaram dos Jogos Olímpicos. Elas competiram em Paris após serem impedidas de participar do mundial de Boxe. A federação internacional se baseou em supostos testes de gênero.
Nas Olimpíadas elas foram liberadas pelo critério de passaporte. Isso gerou controvérsia quando a italiana Angela Carini desistiu do combate contra Imane nas oitavas de final.
Posteriormente, a italiana pediu desculpas a Khelif. A pugilista concedeu entrevista ao jornal de seu país La Gazzetta dello Sport, publicada no último dia 2.
Toda essa controvérsia me deixa triste. Peço desculpas a minha oponente, também. Se o COI disse que ela pode lutar, eu respeito essa decisão Angela Carini
Durante as Olimpíadas, a federação internacional deu uma caótica entrevista — na descrição de vários repórteres presentes — em que tratou as duas atletas como homens. Mas se recusou a abrir com qualquer transparência os testes feitos em ambas.
Diante dessa coletiva, o COI afirmou que é uma demonstração do estado de desorganização da federação de boxe. Essa foi a posição expressada pelo diretor de comunicação do COI, Mark Adams.
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