Isaquias reage, avança com folga e vai defender ouro no C1 1000m em Paris
Do UOL, em Paris e São Paulo
09/08/2024 06h36Atualizada em 09/08/2024 07h07
Isaquias Queiroz sobrou no Est. Náutico, avançou à final e segue em busca do bicampeonato olímpico no C1 1000m da canoagem velocidade nas Olimpíadas de Paris.
O que aconteceu
Isaquias fez o percurso em 3min44s80, terminando em 2º em sua bateria na semifinal, e confirmou sua classificação com autoridade. Os quatro primeiros colocados de cada uma das duas baterias continuaram na briga por medalha, na Final A, enquanto os demais foram para a Final B — apenas para definir as colocações gerais.
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O medalhista de ouro em Tóquio largou forte, conseguiu se manter na briga pela liderança durante toda a prova e disparou no fim. Isaquias ficou brigando pelas primeiras posições, passou a metade da prova em quinto, mas aumentou a intensidade e beliscou a primeira colocação.
A Final A será realizada ainda nesta sexta (9), às 8h50 (de Brasília). A Final B começa antes, às 8h40. Isaquias chega embalado pela classificação com folga, tendo melhorado e muito o tempo que registrou, poupando esforços, nas eliminatórias (3min53s94).
O líder da primeira bateria foi o alemão Sebastian Brendel, que cruzou a linha dois centésimos à frente do brasileiro, com 3min44s78. Brendel é um fenômeno da canoagem, com três ouros olímpicos e um bronze. Foi, inclusive, homenageado por Isaquias, que batizou seu primogênito como Sebastian.
O tcheco Martin Fuksa estabeleceu novo recorde olímpico, fazendo Isaquias avançar com o terceiro melhor tempo geral. Atual campeão mundial, Fuksa registrou 3min44s69, terminando 11 centésimos à frente do canoísta baiano. Número 1 no ranking mundial, o polonês Wiktor Gazunow ficou em quarto, com 3min45s30.
Três fortes adversários estão fora da disputa por medalha. O romeno Catalin Chirila, que havia quebrado o recorde olímpico nas eliminatórias (com 3min44s75), ficou em quinto, enquanto o chinês Bowen Ji, campeão na dupla do C2 500m, terminou em penúltimo na bateria de Isaquias. Além deles, o francês Adrien Bart, número 3 do ranking, foi para a Final B.
Isaquias busca a quinta medalha olímpica, mas não poderá mais igualar Rebeca em Paris — a ginasta é a maior medalhista brasileira, com seis. Ele foi à França disputando duas provas, mas ficou fora do pódio no C2 500m com sua dupla Jacky Godmann. O atleta de 30 anos conquistou duas pratas e um bronze em 2016 e ganhou um ouro na última edição dos Jogos.