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Isaquias buscou tratamento ao perceber que descontava frustração no filho

Isaquias Queiroz comemora a prata no C1 1000m nas Olimpíadas de Paris 2024 Imagem: Alexandre Loureiro/COB

Do UOL em Paris (França)

09/08/2024 10h50

Ao falar após da medalha olímpica, Isaquias Queiroz contou de um momento difícil que passou durante o ciclo olímpico em que precisou se tratar para um estresse mental. Houve um acompanhamento psicológico feito pelo COB em que ele também tomou remédio.

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Nesta sexta-feira, o canoísta ganhou a prata no C1 1000 nos Jogos de Paris-2024. Foi a quinta medalha olímpica do atleta em todo sua carreira, em três edições seguidas, desde o Rio-2016

"É que o 2023 pra mim, o descanso foi assim, eu tava muito sobrecarregado, tanto mentalmente como psicologicamente. Muito estresse mental. Cara, eu não conseguia raciocinar direito, eu tava muito mal. Como eu falei, tinha vezes em casa que eu explodia por qualquer coisa, com Sebastian", disse ele, se referindo ao filho Sebastian.

Neste período, Isaquias passou por idas e vindas entre Minas Gerais, centro de treinamento de Água Santa, e a Bahia, sua terra natal. Em paralelo, ele pediu ajuda psicológica para o COB.

"É um momento de estresse. Tem uma vez que eu falava, cara, eu falei pra doutora Ana: 'Não sei o que tá acontecendo. Como é que eu tô? Às vezes, tô sentindo que eu tô descontando do meu filho. Não tem nada a ver, entendeu? Não tem nada. Então é a coisa que você precisa de uma ajuda, entendeu? E aí, comecei a conversar com ela, com o doutor Hélio também, do Comitê Olímpico. E aí tive que fazer também (tratamento)", descreveu o atleta.

Isaquias não revelou qual remédio tomou durante o treinamento. Mas principalmente o tempo de descanso durante 2023 melhorou consideravelmente seu humor, e sua motivação. Até porque lembrou que já vinha competindo há nove anos em alto nível.

"E reclamou que, neste período, foi bastante criticado. Primeiro ano pra mim, nossa, eu vi tanta gente me massacrar. Ficar de um ano ruim", analisou. "E, nossa, quando eu perdi o primeiro ano, me massacraram. Eu falei, tudo bem, não tem problema."

Ainda assim, o canoísta revelou que não achava que estava 100% em Paris. Mas que se superou na prova.

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