Babi Domingos fica em 10º e é melhor do Brasil na ginástica rítmica
Primeira brasileira a disputar uma final olímpica individual geral da ginástica rítmica, Bárbara Domingos fez boas performances, mas terminou em 10º lugar nas Olimpíadas de Paris. O desempenho da atleta de 24 anos, de qualquer forma, já é o melhor da história do país.
A alemã Darja Varfolomeev foi a grande campeã com 142.850. A prata ficou com a búlgara Boryana Kaleyn e o bronze com a italiana Sofia Raffaeli.
A prova
Em sua primeira apresentação da grande decisão por medalha com a música Circle of Life e o arco, Babi cometeu alguns erros ao perder o controle do aparelho e tirou 29.600, o que a deixou em 10º lugar parcialmente. Na classificação, a brasileira atingiu 34.750 na mesma coreografia — uma das melhores pontuações da carreira.
Com a bola, Babi teve uma atuação melhor e conseguiu 33.200. Ela levantou a torcida com a canção Je Suis Malade e encerrou esse ciclo na 9ª posição. Nas maças, a curitibana fez uma linda performance com Garota de Ipanema, com uma pequena falha no fim, e somou 31.200.
No encerramento, com as fitas, Babi acabou com o aparelho preso nos pés logo no início. Depois, a atleta conseguiu desenrolar o restante da coreografia e fechou com 29.100. Na somatória de todas as séries, ela terminou sua participação com 123.100.
O que ela falou
Independente do resultado, eu estou muito orgulhosa de mim mesma por estar entre as dez melhores do mundo. Foi o meu objetivo desde o ano passado, que eu tracei quando eu conquistei minha vaga [para as Olimpíadas] e eu sabia que era um pouco difícil, mas não é impossível. E poder ter entrado hoje entre as dez melhores do mundo é algo surreal. Babi Domingos
Não foi da forma que eu gostaria minha apresentação [na fita], mas eu tentei dar o meu máximo do começo ao fim, por mais que eu tive ali alguns errinhos e o que mais me deixa tranquila e feliz é saber que eu contagiei não só a mim mesma, e sim o público. Vale muito mais a pena pensar dessa forma do que talvez pensar nos erros, lógico, a gente gostaria de ter acertado todas as séries, mas infelizmente não aconteceu, mas o acolhimento que eu tive do público foi algo que não tem como explicar.
Nossa, eu fiquei tão brava que eu errei o arco, que eu acho que eu usei toda aquela raiva que eu estava dele para entrar na bola, e acho que isso que me motiva. A gente tem que estar sempre ali tentando se motivar, por mais que um aparelho foi bem, outro ruim, a gente tem que estar sempre ali se motivando e então foi mais ou menos isso, eu fiquei com tanta raiva do arco que eu falei, agora eu vou entrar e vou fazer essa bola.
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