Pênalti para o Brasil? Gol dos EUA foi legal? Veja opinião de ex-árbitros
O jogo Brasil 0x1 EUA, válido pela final do futebol feminino das Olimpíadas de Paris 2024, ficou marcado por ao menos duas polêmicas de arbitragem. O UOL ouviu ex-árbitros para análise das jogadas.
Pênalti?
A primeira polêmica envolveu um suposto pênalti não marcado em Adriana, em lance ocorrido aos 20 minutos da etapa inicial.
A brasileira recebeu lançamento pela ponta direita, invadiu a área e foi derrubada pela lateral Crystal Dunn, dos EUA, mas a árbitra Tess Olofsson cravou apenas tiro de meta — o VAR chegou a sugerir uma revisão, mas a juíza manteve sua decisão inicial e irritou as comandadas de Arthur Elias.
O pênalti aconteceu. A Adriana está com a bola, breca e a jogadora americana, de maneira imprudente, derruba a adversária sem tocar na bola. Foi pênalti legítimo, não sei porque não foi marcado. Ela talvez nem quisesse provocar a falta, mas provocou João Paulo Araújo
Não foi pênalti. Para mim, houve uma disputa da bola, nada a marcar Ulisses Tavares
O pênalti é muito claro: a defensora pegou a perna esquerda Adriana por trás e deu uma rasteira. A brasileira sofreu um dano tático, se desequilibrou e caiu. É indiscutível Manoel Serapião
Há o pênalti, houve um toque. Sem querer também é pênalti. Foi um erro grosseiro. Quanto ao VAR sugerir a revisão, tudo bem. O protocolo diz que, na dúvida, se mantém a decisão de campo, e o VAR estava apenas sugerindo uma revisão Alfredo Loebeling
O pênalti a favor do Brasil existiu. A jogadora dos EUA foi imprudente e atinge, com um chute, a perna esquerda, na altura do calcanhar, a Adriana dentro da área. Falta clara Emidio Marques
INACREDITÁVEL ?
-- Carlos (@Brasil08704642) August 10, 2024
VAR e árbitro recusaram a assinalar um pênalti em que teve duas faltas seguidas no mesmo lance, jogadora americana calçou com a perna esquerda e completou a falta com a perna direita pic.twitter.com/OaRcNhhzzz
Gol ilegal?
O gol de Swanson, o único da partida, também foi alvo de reclamação. A jogada ocorreu no 2° tempo e definiu o ouro para os EUA.
No lance, Smith, em posição irregular, tenta alcançar a bola antes da autora do gol, que ficou com o domínio, invadiu a área e deslocou a goleira Lorena. A companheira de Swanson não chega a tocar na bola.
Existe um procedimento que diz o seguinte: se a jogadora que está impedida não atrapalhar diretamente o lance, a jogada pode prosseguir. O gol foi legítimo. Se houvesse uma marcadora e ela tivesse atrapalhado mesmo sem tocar a bola, seria impedimento, mas não houve isso, ela só correu junto João Paulo Araújo
Não houve interferência da atleta que estava em posição se impedimento. O gol legal. É preciso observar a posição das atletas no momento do passe Ulisses Tavares
O fato de a jogadora ter corrido para a bola caracterizaria impedimento se interferisse em uma adversária, mas não havia nenhuma brasileira com impacto. Tentar jogar a bola só gera infração se impactar uma adversária. Como não houve toque, o gol foi legal Manoel Serapião
O impedimento é muito claro. A jogadora vai para a bola e participa, sim. A regra não fala que ela tem que tocar na bola. Ela chamou a atenção das zagueiras Alfredo Loebeling
Não houve impedimento no gol dos EUA porque a jogadora, mesmo em posição irregular, não participa da ação do jogo, logo, não satisfaz as duas condições necessárias para que haja impedimento Emidio Marques
Ao meu ver, houve impedimento, sim, no gol dos EUA contra o Brasil, na disputa do ouro no futebol feminino, pq, embora a jogadora americana q fez o gol ñ estivesse em posição d impedimento, uma outra jogadora estava, já q claramente participou do lance correndo em direção à bola. pic.twitter.com/shdG1WiTMk
-- SOBRENATURALDALMEIDA???? (@kopprugai1) August 10, 2024
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