Dream Team cumpre missão em Paris, vence França e conquista 5º ouro seguido
O 'Dream Team' formado pela seleção masculina de basquete dos Estados Unidos alcançou sua meta em Paris. Os norte-americanos venceram a França por 98 a 87, neste sábado (10), na Bercy Arena, e conquistaram a medalha de ouro das Olimpíadas 2024.
Os EUA são os atuais pentacampeões olímpicos no basquete masculino. A seleção norte-americana não fica abaixo do topo nas Olimpíadas desde 2004 — a única vez na história que o país não foi campeão nos Jogos utilizando jogadores da NBA.
Stephen Curry brilhou mais uma vez em sua primeira Olimpíada. Grande nome da semifinal contra a Sérvia com 36 pontos, o armador foi decisivo mais uma vez com 24 pontos, incluindo quatro cestas de três nos minutos finais da partida.
LeBron James conquistou seu terceiro ouro olímpico com uma performance à altura. Com 14 pontos, seis rebotes e nove assistências, o 'King' não obteve os números mais impressionantes de sua carreira internacional, porém mostrou em quadra eficiência, inteligência nos dois lados da quadra e poder de decisão.
A França fica com a prata pela segunda Olimpíada consecutiva. O algoz na final é o mesmo de Tóquio, mas a campanha em Paris tem duas grandes diferenças: a força da torcida francesa e a participação de Victor Wembanyama, pivô de 20 anos que é grande candidato a próxima superestrela da NBA. O pivô do San Antonio Spurs foi o cestinha do jogo, com 26 pontos.
Como foi o jogo
Primeiro quarto defensivo. A França largou na frente inspirada por um início forte de Wembanyama, que anotou sete pontos e uma assistência em quatro minutos de jogo. Os norte-americanos cresceram na partida após as duas equipes começarem a usar o banco de reservas. A defesa dos EUA passou a funcionar melhor e foi o pilar da vitória parcial de 20 a 15 no período inicial.
Talento e coletividade. Os franceses chegaram a virar o placar no início do segundo quarto, mas a vantagem do time da casa durou pouco. Os EUA encontraram um bom ritmo ofensivo no segundo quarto. LeBron foi o maestro como de costume, e Curry usou sua movimentação para gerar vantagens. O time de Steve Kerr constantemente rodou a bola em busca do melhor arremesso, e foi para o intervalo com 10 pontos de vantagem: 49 a 41.
Nada de jogo fácil. Os EUA ultrapassaram dígitos duplos de vantagem no início do terceiro quarto. Curry e Durant estavam 'pegando fogo' e pareciam conduzir sua seleção a uma vitória tranquila. Só que a França resistiu. Com força nos rebotes e atenção redobrada na defesa, o time da casa venceu o terceiro quarto (25 a 23) e foi para o último período seis pontos atrás.
Vantagem ameaçada no fim. A defesa francesa continuou a manter a seleção viva. Batum e Yabusele infernizaram os rivais no perímetro e forçaram passes errados. A diferença chegou a cair para apenas três pontos, a três minutos do fim. Curry apareceu com cesta fundamental de longa distância, Durant converteu lances livres e deu segurança aos EUA. A margem voltou a oito pontos a 2min22s do fim.
Curry decisivo de novo. Assim como aconteceu na semifinal contra a Sérvia, as bolas de três de um dos melhores arremessadores da história caíram no momento mais importante da partida. O 'Chef' converteu quatro arremessos de longa distância e ainda teve um roubo de bola nos segundos finais, coroando seu impacto na vitória por 98 a 87.
A dupla Wembanyama e Yabusele deu trabalho para os EUA. 'Wemby' protagonizou bons lances nos dois lados da quadra e saiu com 26 pontos, seis rebotes e duas assistências, sendo o cestinha do jogo. O pivô também gerou espaços para Yabusele, que fechou o jogo com 20 pontos.
O clima da final
No lado de fora da Arena Bercy, dezenas de pessoas procuravam por ingressos. Eram torcedores com camisas de todos os países, inclusive do Brasil. Todos queriam ver o Dream Team medir forças com a seleção francesa. Cambistas também rodeavam o estádio.
Clima hostil para Joel Embiid. Mais uma vez, a torcida pegou no pé do pivô dos EUA, 'inimigo' do país por ter mudado de ideia e representar a seleção norte-americana ao invés da França. Mas não foi só à base de vaias que os franceses se fizeram presentes no pré-jogo. Os torcedores entoaram o grito "Allez les Bleus" e cantaram o hino à capela.
Estrelas nas arquibancadas. Personalidades norte-americanas compareceram em peso para assistir à conquista do ouro. Entre elas, estavam o apresentador Jimmy Fallon, a ex-jogadora de futebol Megan Rapinoe, a atleta Sha'Carri Richardson e os ex-astros do basquete Scottie Pippen e Carmelo Anthony. Astros do esporte francês também foram à Bercy Arena, como Thierry Henry (técnico da seleção olímpica de futebol masculino) e Teddy Riner (cinco vezes medalhista de ouro no judô).
Torcida desanimada com a derrota francesa. A Bercy Arena, cheia de franceses, ficou calada com o título dos EUA. Alguns poucos norte-americanos gritaram "USA! USA!", mas a maioria das pessoas presentes ficou decepcionada com o resultado. O clima nem parecia de decisão após o último estouro do cronômetro.
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