Isaquias e a bússola: lenda da vela indicou caminho dos pódios

Em um Prêmio Brasil Olímpico, o canoísta Isaquias Queiroz foi surpreendido por um presente do velejador Torben Grael: uma bússola. O atleta que só rema para frente guardou com carinho o guia que indica todos os caminhos. Anos depois, quando Isaquias igualou Torben e outro velejador, Robert Scheidt, com cinco medalhas olímpicas, ele lembrou do presente.

"O Torben Grael, não me lembro o ano, foi no Prêmio Brasil Olímpico, ele me deu uma bússola de presente. Pois é que essa bússola é para guiar o seu caminho, entendeu? Para você ficar no seu foco. Então, eu tenho até hoje essa bússola", contou Isaquias.

Durante a trajetória de três Olimpíadas, Isaquias pode ter pegado um vento diferente uma vez ou outra, como neste ciclo para as Olimpíadas de 2024, mas o caminho ele nunca perdeu. Não se sabe se dá para atribuir à bússola, mas seu foco no esporte sempre voltou.

"Então, eu fico muito feliz de poder chegar na minha quinta medalha, perto desses caras. A Rebeca, a gente tira de cena, né? Fora da curva. Mas eu fico feliz de poder chegar junto ao Robert Scheidt, que é um baita referência para nós atletas do Brasil?, contou.

Torben Grael ganhou medalhas em cinco Olimpíadas diferentes em um período de 16 anos, de 1984 a 2000. Foram dois ouros, duas pratas, e um bronze.

Obviamente, a canoagem tem exigências físicas diferentes do que o iatismo. Isaquias não conseguirá disputar seis Olimpíadas como o velejador, Torben só não obteve pódio em uma.

Mas o canoísta já deixou claro que disputar Los Angeles-2028. E aí poderia superar o número de medalhas de Torben. O velejador já indicou a direção.