Maior da história 'quebra', e etíope vence maratona olímpica masculina
Colaboração para o UOL, em Paris
10/08/2024 06h14
O aguardado duelo entre dois dos maiores maratonistas de todos os tempos não aconteceu. O queniano Eliud Kipchoge "quebrou" e desistiu, Kenisa Bekele foi só o 39º, e a vitória da maratona masculina dos Jogos Olímpicos de Paris ficou com Tamirat Tola, também da Etiópia.
Em uma das maratonas mais duras de todos os tempos, ao menos para a elite, Tola, que já havia vencido em Nova York no ano passado e no Mundial de 2022 em Eugene (EUA), conseguiu bater o recorde olímpico: 2h06min26, o que é um tempo alto na comparação com o das 'Majors' (o grupo das mais badaladas maratonas do mundo).
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Bashir Abdi, belga de origem somali que já havia sido bronze no Mundial de 2022, ganhou a medalha de prata. E Benson Kipruto, campeão da Maratona de Tóquio este ano, garantiu a única medalha do Quênia na prova.
Havia muito expectativa sobre o "dream team" do Quênia, no masculino e no feminino, mas na prova deste sábado os quenianos não foram bem. Campeão em Londres na primavera europeia deste ano, Alexander Munyao não passou da 21ª colocação.
Para Kipchoge, o maior maratonista da história, o resultado em Paris levanta dúvidas sobre seu futuro. Ele já tem 39 anos e vinha de um frustrante 10º lugar na Maratona de Tóquio. No ano passado, foi só sexto em Boston, ainda que tenha vencido em Berlim.
Em Paris, com enorme festa nas ruas, desde o início da prova de 42,125kkm, o queniano desistiu no quilômetro 31. Ele até correu com o pelotão nos primeiros 20 quilômetros, foi ficando para trás, deixando os rivais passarem. No 30º quilômetro, era o 71º, mas esperou todos o ultrapassarem antes de desistir.
Daniel Nascimento, único brasileiro que se classificou para correr a maratona em Paris, não participou da prova. Ele foi pego duas vezes pelo doping, em exames feitos pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e pelo órgão de controle de doping da World Athletics. Além disso, a esposa dele, Grazi Zarri, caiu no doping no Quênia, em teste feito pela agência local.