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Vítima de polêmica, argelina aciona Justiça após ataques durante Paris-2024

Imane Khelif comemora vitória nas quartas de final do boxe feminino Imagem: Richard Pelham/Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

10/08/2024 23h06

A argelina Imane Khelif vai acionar a Justiça devido aos ataques e difamações que sofreu as redes sociais durante as Olimpíadas de Paris. A boxeadora, medalhista de ouro em Paris, foi alvo de ataques de gênero no decorrer dos Jogos.

A boxeadora Imane Khelif, que acaba de ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, decidiu travar um novo combate: o da justiça, dignidade e honra Nabil Boudi, advogado

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O que aconteceu

O anúncio foi feito pelo advogado Nabil Boudi, em uma publicação nas redes sociais. Ele disse que "o assédio sofrido pela campeã de boxe continuará a ser a mancha dos Jogos Olímpicos".

Imane Khelif conquistou o ouro na categoria até 66kg na última sexta-feira (9). Ela venceu a chinesa Tang Liu na final.

Durante os Jogos, Imane e Lin You-Ying, de Taiwan, foram alvos de ataques de gênero. Elas competiram em Paris após serem impedidas de participar do mundial de Boxe. A federação internacional se baseou em supostos "testes de gênero".

A polêmica

O Comitê Olímpico Internacional (COI) diz que a IBA não é mais um órgão reconhecido como competente pelo comitê desde 2023. Um documento oficial cita que a organização de boxe apresentou falhas recorrentes relacionadas à integridade e transparência da associação, que foi acusada de manipulação de resultados e corrupção.

Durante as Olimpíadas, o presidente da IBA, o russo Umar Kremlev, concedeu uma caótica entrevista — na descrição de vários repórteres presentes — em que tratou as duas atletas como homens. Mas se recusou a abrir com qualquer transparência os testes feitos em ambas.

Comunicado do advogado

"Depois de ter conquistado uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a pugilista Imane Khelif decidiu iniciar um novo combate: pela justiça, pela dignidade e pela honra.

A Sra. Khelif remeteu o caso para a empresa, que apresentou ontem uma queixa por cyberbullying agravado à unidade de ódio do Tribunal de Paris.

A investigação criminal irá determinar quem esteve por detrás desta campanha misógina, racista e sexista, mas também terá de analisar aqueles que alimentaram este linchamento digital.

O assédio iníquo sofrido pela campeã de boxe continuará a ser a mancha dos Jogos Olímpicos".

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