Vítima de polêmica, argelina aciona Justiça após ataques durante Paris-2024
A argelina Imane Khelif vai acionar a Justiça devido aos ataques e difamações que sofreu as redes sociais durante as Olimpíadas de Paris. A boxeadora, medalhista de ouro em Paris, foi alvo de ataques de gênero no decorrer dos Jogos.
A boxeadora Imane Khelif, que acaba de ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, decidiu travar um novo combate: o da justiça, dignidade e honra Nabil Boudi, advogado
O que aconteceu
O anúncio foi feito pelo advogado Nabil Boudi, em uma publicação nas redes sociais. Ele disse que "o assédio sofrido pela campeã de boxe continuará a ser a mancha dos Jogos Olímpicos".
Imane Khelif conquistou o ouro na categoria até 66kg na última sexta-feira (9). Ela venceu a chinesa Tang Liu na final.
Durante os Jogos, Imane e Lin You-Ying, de Taiwan, foram alvos de ataques de gênero. Elas competiram em Paris após serem impedidas de participar do mundial de Boxe. A federação internacional se baseou em supostos "testes de gênero".
Communiqué de presse : Imane Khelif pic.twitter.com/LEdZTcIdU1
-- Nabil Boudi (@BoudiNabil) August 10, 2024
A polêmica
O Comitê Olímpico Internacional (COI) diz que a IBA não é mais um órgão reconhecido como competente pelo comitê desde 2023. Um documento oficial cita que a organização de boxe apresentou falhas recorrentes relacionadas à integridade e transparência da associação, que foi acusada de manipulação de resultados e corrupção.
Durante as Olimpíadas, o presidente da IBA, o russo Umar Kremlev, concedeu uma caótica entrevista — na descrição de vários repórteres presentes — em que tratou as duas atletas como homens. Mas se recusou a abrir com qualquer transparência os testes feitos em ambas.
Comunicado do advogado
"Depois de ter conquistado uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a pugilista Imane Khelif decidiu iniciar um novo combate: pela justiça, pela dignidade e pela honra.
A Sra. Khelif remeteu o caso para a empresa, que apresentou ontem uma queixa por cyberbullying agravado à unidade de ódio do Tribunal de Paris.
A investigação criminal irá determinar quem esteve por detrás desta campanha misógina, racista e sexista, mas também terá de analisar aqueles que alimentaram este linchamento digital.
O assédio iníquo sofrido pela campeã de boxe continuará a ser a mancha dos Jogos Olímpicos".
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