Zé Roberto celebra bronze no vôlei, mas deixa futuro em aberto: 'vamos ver'

José Roberto Guimarães apontou que ainda vai conversar com a diretoria da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Vai acontecer um balanço do ciclo olímpico de Paris e olhar para os próximos passos.

"Combinamos de conversar ainda, com a confederação, com o Radamés [Lattari, presidente da CBV], com o Jorge [Bichara, diretor técnico da entidade], para fazermos um retrospecto de tudo aquilo que aconteceu, de como foi o ciclo. Eu acho que nos preparamos bem, os profissionais que foram para a Turquia, para a Itália, cuidar das jogadoras. Todas chegaram em uma melhor condição. Foi uma preparação muito legal, muito bem feita", disse.

Agora, sobre o futuro, eu não sei, sinceramente. Não me preparei ainda para esse momento, vamos curtir o agora, comemorar, e, depois, conversar para definir. Tem a família, tem um monte de coisas que temos de pensar também, mas vamos ver. O Papai do Céu vai mostrar o caminho Zé Roberto, à TV Globo

5º pódio olímpico

Zé Roberto chegou ao quinto pódio olímpico. Assim, ele encosta no recorde de Bernardinho, que tem seis pódios como treinador

O treinador é o único brasileiro tricampeão em Olimpíadas. Ele era técnico da seleção masculina no ouro de Barcelona-1992, e da feminina nos títulos de Pequim-2008 e Londres-2012. Zé Roberto ainda foi prata em Tóquio e bronze em Paris, ambos com o time feminino.

Minha quinta medalha. Três ouros, prata e bronze. Esse é o significado da Olimpíada, alguém perde, alguém ganha. Persistimos do início ao fim, temos de valorizar muito essa medalha. Ser medalhista é histórico Zé Roberto, à TV Globo

"Terceiro lugar é importante, ser um medalhista olímpico é importante, isso é história. E elas valorizaram isso o tempo inteiro. Lógico que todo mundo queria o ouro, todo mundo treinou para isso, os outros também treinaram. Mas acho que é isso, eu sempre deixo na mão de papai do céu, porque ele achou que era o bronze que merecíamos, que temos que trabalhar mais, que a gente trabalhe mais. Porque quando você não ganha, o Bebeto [de Freitas] sempre dizia que tem que trabalhar mais para poder ganhar, perdeu, tem que melhorar. Então é isso, eu acho que foi extremamente importante a atitude que elas tiveram, ter ganho essa medalha, ter representado o nosso povo da forma como representamos."

A última edição que o Brasil ficou sem medalha nas Olimpíadas foi em Seul-1988, contando masculino e feminino.

"O vôlei nunca deixou de trazer medalha em Olimpíadas nenhuma, depois de 1992 [em Barcelona], tanto no masculino quanto no feminino. Sempre alguém está trazendo uma medalha. Então, eu disse, pô, não pode, não pode ser dessa vez. A gente precisa chegar lá e trazer essa medalha para casa. E elas estavam muito querendo. A gente saiu hoje para almoçar, todos juntos. A gente não falava de outra coisa a não ser quanto era importante essa medalha. No vestiário, as falas foram idênticas, né? Todo mundo empenhado e concentrado. Quando começou o jogo, no aquecimento, eu já vi que o time estava bem pilhado, que o time estava totalmente focado e com atitude para ganhar essa medalha."