Americana que passou 10 meses presa na Rússia conquista ouro e se emociona
Colaboração para o UOL, em São Paulo
11/08/2024 15h28
A medalha de ouro dos Estados Unidos no basquete feminino teve um gosto especial para Brittney Griner.
O que aconteceu
Griner foi campeã olímpica 612 dias após deixar a prisão na Rússia. Em 2022, a jogadora de basquete foi condenada a nove anos de cárcere no país por tráfico de drogas. Ela passou dez meses detida antes de ser liberada em troca de prisioneiros entre EUA e os russos.
O ouro olímpico emocionou Griner. A pivô teve médias de 7,3 pontos e 4,2 rebotes por jogo ao longo da campanha, tendo papel reduzido em comparação a outras competições representando a seleção norte-americana.
Estou muito emocionada. Significa muito para mim. Minha família não achou que eu estaria aqui, como já disse antes, e não só estar como ganhar um ouro para o meu país, representando o país que lutou muito para que eu estivesse aqui. Sim, essa medalha de ouro ficará num lugar especial Brittney Griner, à ESPN norte-americana
Seu filho de um mês de idade acompanhou a conquista de perto. Brittney e sua esposa, Cherelle, celebraram o nascimento de Bash Raymond no último dia 8 de julho.
A jogadora de 33 anos retomou sua carreira no basquete em 2023, no ano seguinte à prisão. Griner, do Phoenix Mercury, foi eleita para o jogo das estrelas nas últimas duas temporadas da WNBA e segue em destaque no cenário do basquete norte-americano.
Griner é tricampeã olímpica. A jogadora também participou das campanhas douradas dos EUA no Rio-2016 e em Tóquio-2020.
Foi uma longa jornada, uma jornada difícil até retomar. Só fico feliz que meu corpo foi capaz de aguentar e estar aqui agora Brittney Griner, à AP
O caso Brittney Griner
A norte-americana foi detida pelo Serviço de Alfândega russo em de fevereiro de 2022. Griner portava cartuchos com óleo de cannabis, substância ilegal no país, ao entrar no aeroporto de Moscou.
Em agosto do mesmo ano, a atleta foi condenada a nove anos de prisão por tráfico de drogas. Ela alegou, e mantém a versão, que não possuía qualquer intenção de desrespeitar a lei russa.
Griner foi libertada após troca de prisioneiros entre EUA e Rússia. O governo norte-americano enviou ao país europeu Viktor Bout, traficante de armas condenado a 25 anos de prisão no território estadunidense.