Americana que passou 10 meses presa na Rússia conquista ouro e se emociona

A medalha de ouro dos Estados Unidos no basquete feminino teve um gosto especial para Brittney Griner.

O que aconteceu

Griner foi campeã olímpica 612 dias após deixar a prisão na Rússia. Em 2022, a jogadora de basquete foi condenada a nove anos de cárcere no país por tráfico de drogas. Ela passou dez meses detida antes de ser liberada em troca de prisioneiros entre EUA e os russos.

O ouro olímpico emocionou Griner. A pivô teve médias de 7,3 pontos e 4,2 rebotes por jogo ao longo da campanha, tendo papel reduzido em comparação a outras competições representando a seleção norte-americana.

Estou muito emocionada. Significa muito para mim. Minha família não achou que eu estaria aqui, como já disse antes, e não só estar como ganhar um ouro para o meu país, representando o país que lutou muito para que eu estivesse aqui. Sim, essa medalha de ouro ficará num lugar especial Brittney Griner, à ESPN norte-americana

Seu filho de um mês de idade acompanhou a conquista de perto. Brittney e sua esposa, Cherelle, celebraram o nascimento de Bash Raymond no último dia 8 de julho.

A jogadora de 33 anos retomou sua carreira no basquete em 2023, no ano seguinte à prisão. Griner, do Phoenix Mercury, foi eleita para o jogo das estrelas nas últimas duas temporadas da WNBA e segue em destaque no cenário do basquete norte-americano.

Griner é tricampeã olímpica. A jogadora também participou das campanhas douradas dos EUA no Rio-2016 e em Tóquio-2020.

Foi uma longa jornada, uma jornada difícil até retomar. Só fico feliz que meu corpo foi capaz de aguentar e estar aqui agora Brittney Griner, à AP

O caso Brittney Griner

A norte-americana foi detida pelo Serviço de Alfândega russo em de fevereiro de 2022. Griner portava cartuchos com óleo de cannabis, substância ilegal no país, ao entrar no aeroporto de Moscou.

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Em agosto do mesmo ano, a atleta foi condenada a nove anos de prisão por tráfico de drogas. Ela alegou, e mantém a versão, que não possuía qualquer intenção de desrespeitar a lei russa.

Griner foi libertada após troca de prisioneiros entre EUA e Rússia. O governo norte-americano enviou ao país europeu Viktor Bout, traficante de armas condenado a 25 anos de prisão no território estadunidense.

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