Flávia seguiu conselho de Jade: sem maquiagem, mas com medalha

O Brasil brigaria por uma medalha na final por equipes da ginástica, mas tomou um susto. No aquecimento, Flávia Saraiva caiu das barras assimétricas e, quando se ergueu, mostrou um corte no supercílio. Seria possível competir? Era preciso retocar a maquiagem? Enquanto Flavinha tentava se recompor, a experiência de Jade Barbosa, 33 anos, foi essencial:

"Não foi o pior momento da minha carreira, mas foi um dos piores sustos que eu tomei. A preocupação era não poder competir, o que é que tinha acontecido... Como eu falei, eu não me vi no espelho, eu não sabia o que tinha acontecido, mas a médica que estava ali me deu todo o suporte. Então eu falei pra Jade, 'Será que você pode me maquiar no meio?' Porque eu queria estar arrumada, pois é uma final e queria aparecer o mais bonita possível. Mas ela falou: 'Não, tá tudo bem, tá sangrando um pouquinho ainda. Não passa agora, não'. Eu falei tudo bem e foi melhor mesmo. A Jade tinha razão e deu certo", contou a atleta em evento do Time Brasil, em São Paulo, nesta sexta-feira.

O resto da história é bem conhecido. Flávia competiu, e o Brasil conquistou a medalha de bronze por equipes em Paris. Mesmo sem maquiagem. "É ginástica artística, então a gente já começa a se arrumar duas, três horas antes para que a gente possa ficar mais bela possível", completou Flávia.

No dia seguinte, já com a medalha no peito, a atleta mostrava o roxo ao redor do olho esquerdo. Foi só ali, depois do pódio, do hino e das comemorações, que a dor passou a incomodar.

"A dor no supercílio eu não senti na hora. Senti quando cheguei na vila, que eu comecei a relaxar, tomei banho. Meu olho começou a fechar mais no dia seguinte. Ele estava bem roxo. Foi aí que eu senti mais a dor. Mas, assim, na hora da competição, a adrenalina fica tão grande que a gente não sente tanto. Foi o que eu falei: eu senti mais dor de cabeça, o olho fechando, mas no quarto mesmo".

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