Torcedores brasileiros encantam em Paris, e Brasil agora é moda no mundo

"Paris vai virar baile". Esse foi o coro entoado pela torcida de brasileiros a caminho do estádio Parc des Princes para a disputa da medalha de ouro do futebol feminino. Ficamos com a prata, mas o baile? Ah, esse não tinha como cancelar. Desde a abertura dos Jogos Olímpicos os brasileiros em Paris estão e encantando quem assiste.

Durante a cerimônia de abertura, uma repórter francesa que fazia a cobertura ao vivo pela cidade se divertiu com brasileiro, embaixo de chuva, prometendo o baile. Quando Isaquias Queiroz ganhou a medalha de prata, seu nome foi cantando ao mesmo ritmo do funk do MC Naldinho, "Um Tapinha não Dói", que bombou no começo dos anos 2000.

O Brasil contou, mais uma vez, com o Movimento Verde Amarelo, uma torcida organizada criada para o futebol que migrou para o esporte olímpico, e com os Chapolins, essa nascida em Jogos Pan-Americanos e especializada nos esportes olímpicos, acompanhando os eventos dos atletas e seleções do país, como parceiros nas Olimpíadas e isso ajudou a trazer festa para as arquibancadas. Tinha batuques, faixas, bandeiras com nomes de alguns atletas e músicas ensaiadas. Uma torcida de futebol, mas vibrando por tênis de mesa, vôlei de praia, judô e outras modalidades.

Ynara Correa da Costa foi para sua quinta edição dos Jogos Olímpicos. Integrante do Movimento Verde Amarelo, ela esteve na Copa do Mundo de Futebol, Copa América, Pan e Parapan de Santiago. "Esse reencontro da torcida com os atletas nos Jogos Olímpicos é muito bom. Muita gente tinha se programado para ir ao Japão e não pôde. O esporte não existe sem a torcida, não tem a menor graça", diz.

João Arraes e Rayssa Leal nas Olimpíadas de Paris
João Arraes e Rayssa Leal nas Olimpíadas de Paris Imagem: Reprodução/Instagram

A internet foi inundada por vídeos de torcedores. Mesmo aqueles que não faziam parte das organizadas não economizou garganta - e looks - para torcer. O engenheiro João Arraes foi de fada na competição de skate street para gritar por Rayssa Leal. A atriz Lara Santana quase comprou briga com uma turca na disputa pela medalha de bronze no vôlei feminino.

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Outro local em que a alegria brasileira fez diferença foi na Casa Brasil, seja para transmissão de eventos das Olimpíadas, ou para receber os medalhistas de Paris para homenagens. Festas com torcedores brasileiros e também de outras nacionalidades. Como era um espaço animado, muita gente tratou o lugar como uma fan fest verde e amarela.

"Aqui em Paris, na Casa Brasil, conseguimos propiciar experiências para todas as pessoas. Fizemos não só uma ativação completa para os nossos patrocinadores, mas conseguimos entregar o conceito de conexão dos atletas com os fãs brasileiros e estrangeiros e patrocinadores e celebrar todo o Time Brasil. Foram quase 300 mil fãs juntando o Parque Time Brasil em São Paulo e a Casa Brasil em Paris", comentou Gustavo Herbetta, diretor de marketing do COB.

Não importa a cor da medalha - ou se tinha pódio. O Brasil estava lá. O criador de conteúdo britânico Nick Whincup, que mora no Brasil, ficou impressionado como o país enxerga as competições. "Há algo que significa mais do que medalhas, que é o inquestionável e esmagador apoio por trás dos atletas", disse.

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