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Rosamaria diz que superou 'luto' por bronze e se emocionou com Zé Roberto

Rosamaria durante jogo do Brasil no vôlei feminino das Olimpíadas de Paris Imagem: Richard Callis/Getty

Do UOL, em São Paulo

14/08/2024 15h46

O fim do sonho do ouro em Paris precisou ser rapidamente digerido pela seleção feminina de vôlei. A equipe teve que engolir as frustrações, superar a decepção da derrota na semi e se reerguer para voltar à quadra em 48h em busca de não se despedir da França sem medalha. Uma das estrelas do Brasil, Rosamaria destacou que o grupo não só "viveu o luto" de não ir à final como também se emocionou com o simbólico choro de Zé Roberto com a conquista do bronze.

O choro dele fala muito sobre a importância de uma Olimpíadas, de uma medalha. Ele já viveu nove Olimpíadas, é multicampeão, mas nunca deixa de se emocionar. Mostra muito a importância de cada jogo, que cada experiência olímpica é diferente. Ver ele, com toda a vivência, o quanto ainda se emociona por representar o país, passa para a gente o quanto temos que dar valor por tudo. Rosamaria Montibellier

O técnico Zé Roberto chorando após a conquista do bronze do vôlei feminino nas Olimpíadas de Paris Imagem: Reprodução/Globoplay

Depois que Thaisa mandou a bola ao chão para marcar o 25º ponto brasileiro no quarto set, fechando a vitória por 3 a 1 contra a Turquia, as jogadoras explodiram de felicidade. No banco de reservas, o histórico treinador adotou atitude diferente. Sentado, sozinho, deixou a emoção tomar conta e se manifestar em lágrimas. Uma outra forma de comemorar mais uma medalha olímpica na carreira, sua quinta como técnico.

A gente ficou muito emocionada também porque ele não cansa de querer dar o melhor pelo país, e mostra a importância de trazer a medalha para casa. Uma medalha muito especial, ele falou com a gente sobre isso depois da semi, de erguer a cabeça, buscar o bronze. Isso só mostra o quanto ele é comprometido com o trabalho dele e estava buscando trazer essa medalha.

Rosamaria comemora ponto do Brasil no jogo contra os EUA, nas Olimpíadas de Paris Imagem: Lintao Zhang/Getty

A reação de Zé Roberto sensibilizou as atletas e provou que, embora o objetivo fosse o ouro, estar no pódio olímpico deve ser celebrado, independentemente da posição. O grupo sabia que tinha condições de chegar na final, que não veio após jogo duríssimo e no tie-break contra os EUA, e acreditava no título. "Mas se não foi, não era para ser", desabafou Rosa. Faz parte do esporte. Passado o "luto", restava comemorar, e muito, o bronze.

Acreditávamos do início ao fim que poderíamos ser campeãs olímpicas, até mais que em Tóquio [ficaram com a prata]. A gente viveu esse luto porque a gente acreditava que viria, mas é o esporte, é a vida, nem sempre o que a gente quer acontece. É difícil de aceitar, mas temos que tirar um ensinamento e celebrar nosso bronze. Esse gostinho que a gente poderia ter chegado lá fica, lógico, mas é comemorar o bronze, que foi a nossa conquista.

Aos 30 anos, a atleta é um dos principais nomes da modalidade e disputou sua segunda edição de Olimpíadas. Já experiente, ela assumiu o papel de se tornar uma das líderes do grupo e projeta o caminho para o próximo ciclo — que, inclusive, já começou. Rosamaria mira Los Angeles-2028 como a possibilidade de completar seu trio de medalhas. Já tem uma prata e agora o bronze; só falta a de ouro.

A corrida para Los Angeles já começou, temos que pensar lá. São quatro anos que passam muito rápido. Não é fácil entrar no grupo seleto das Olimpíadas, tenho que me preparar desde já. Aproveitar agora para descansar e depois completar o trio de medalhas com o ouro, para ficar bem bonito. O caminho é longo, difícil, mas já começo a pensar. Rosamaria Montibellier

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