Paralimpíadas começaram: quem são os brasileiros que têm chance de medalha?
Começaram nesta quarta-feira (28) os Jogos Paralímpicos de Paris, e o Brasil chega carregado de potencial. Nossa comissão conta com 280 atletas e vamos em busca da 400ª medalha nos Jogos Paralímpicos. Até agora, temos 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes —faltam só 27.
E nessa lista de gente habilidosa, tem alguns nomes que você precisa prestar mais atenção:
Cátia e Joyce Oliveira
Cátia Oliveira e Joyce Oliveira já garantiram ao menos a medalha de bronze no tênis de mesa ao vencerem, pelas quartas de final da classe WD5, as egípcias Fawzia Elshamy e Ola Soliman por 3 sets a 0 (11/1, 11/7 e 11/4) e se classificaram às semifinais — não há disputa pelo terceiro lugar na modalidade.
As brasileiras lutam pela vaga final contra as sul-coreanas Seo Su Yeon e Yoon Jiu, dupla cabeças de chave número 1. A partida da semifinal está marcada para às 7h (de Brasília) desta sexta-feira (30).
Phelipe Rodrigues
O pernambucano é o maior medalhista da delegação brasileira. Ele é nadador da classe S10 (deficiência física mínima) e tem oito pódios em sua carreira como atleta, o que significa que conquistou pelo menos uma medalha em todas as Paralimpíadas que disputou desde 2008. Ele começou a nadar com 8 meses de idade e, aos 34, já marcou sua história no esporte brasileiro.
Edênia Garcia
A nadadora da classe S3 (deficiência física significativa) tem 37 anos e essa será sua sexta participação paralímpica. Sua especialidade é a prova de 50 m costas e ela já conquistou três medalhas em Jogos Paralímpicos: duas pratas e um bronze —todas nessa prova.
Time de futebol de cinco masculino
Também conhecido como futebol de cegos, é um esporte adaptado do futsal. Desde que a modalidade passou a ser considerada olímpica, a camisa amarelinha sempre esteve no pódio. O time em que só o goleiro enxerga já conquistou cinco ouros (1998, 2000, 2010, 2014 e 2018), um vice (2006) e dois bronzes (2002 e 2023).
Time de vôlei sentado feminino
No esporte de mulheres que possuem alguma deficiência física ou relacionada à locomoção, o Brasil tem boas chances. Campeãs no Mundial em 2022 e medalha de bronze no World Super Six, que aconteceu em junho deste ano como preparação para os Jogos Paralímpicos, nossa equipe tem tudo para sair de Paris com medalha.
Petrúcio Ferreira
O bicampeão paralímpico da classe T47 do atletismo (em que correm os atletas amputados de membros superiores) é considerado o atleta paralímpico mais rápido do mundo (Alô, Bolt!). É de Petrúcio Ferreira o recorde paralímpico dos 100 metros rasos (10 segundos e 53 centésimos). No currículo de participação nos jogos, ele já carrega cinco medalhas: duas de ouro (2016 e 2020), duas de prata (ambas no Rio 2016) e uma de bronze (2020).
Alana Maldonado
Ela foi campeã paralímpica em Tóquio na classe J2 do judô (atletas com deficiência visual, mas que conseguem definir imagens) e chega forte para os Jogos de Paris. Aos 29 anos, ela é uma das apostas de medalha do Brasil. Além dos Jogos de Tóquio, ela também conquistou medalha de ouro no Mundial de Baku, em 2022.
Thiago Paulino
O atleta de arremesso de peso foi medalha de prata no Mundial de Kobe de 2024, então chega preparadíssimo a terras francesas. Mas ele acumula outras conquistas: ouro no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, prata no arremesso de peso no Mundial Paris 2023 e bronze no arremesso de peso nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
Carol Santiago
A nadadora da classe S12 (nadadores com uma deficiência visual pequena, mas ainda assim significativa) tem 39 anos. Em Tóquio ela conquistou três medalhas de ouro (100 m peito, 100 m livre e 50 m livre), além de uma prata no 4x100 m livre e um bronze nos 100 m costa.