Brasil brilha no atletismo e no taekwondo: o 2º dia das Paralimpíadas

Mais tarde, Petrúcio Ferreira chegou ao topo do pódio nos 100m na classe T47 (deficiência nos membros superiores) e se tornou tricampeão da prova. Ricardo Mendonça levou o ouro nos 100m no T37 (paralisados cerebrais).

Ainda houve mais um bronze ao "apagar das luzes". Giovanna Boscolo, que tinha terminado a prova de club da classe F32 na quarta colocação, conquistou o bronze após a desclassificação da polonesa Roza Kozakowska, que havia levado o ouro. Segundo informações do Comitê Paralímpico Brasileiro, após a prova, "o Brasil protestou porque a cadeira da referida atleta polonesa foi alterada, e com uso do equipamento de forma irregular".

Taekwondo

O taekwondo brasileiro chegou ao topo do pódio em Paris com Ana Carolina Moura, que disputa os Jogos Olímpicos pela primeira vez. E logo na estreia, ela conquistou o primeiro ouro feminino na modalidade.

Na final da categoria até 65kg, ela venceu a francesa Djelika Diallo por 13 a 7, em Grand Palais lotado. Após a luta, a brasileira chamou a adversária e a técnica francesa para também dar a volta olímpica no ginásio, e elas desfilaram com as bandeiras dos respectivos países.

Ana Carolina atua na classe K44, voltada a atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores, amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, e dismelia bilateral.

Silvana Fernandes, que atua na mesma classe, mas na categoria até 57kg, faturou a medalha de bronze. Ela derrotou Kamilya Dosmalova, do Cazaquistão, por 28 a 3, na disputa por vaga no pódio.

Natação

A natação brasileira voltou ao pódio. Após abrir os Jogos de Paris com três medalhas — uma de cada cor —, foram mais duas conquistas nesta sexta-feira (30).

Talisson Henrique Glock conquistou a medalha de bronze nos 200m medley SM6. Ele atua nesta categoria por ter perdido o braço e a perna esquerdos após um acidente ainda na infância. O brasileiro fez a prova em 2m39s30, atrás do chinês Yang Hong, que fez em 2m37s31, e do colombiano Nelson Corzo, que terminou em 2m38s04.

O Brasil voltou ao pódio com o revezamento 4x50m livre - 20 pontos, formado por Talisson Glock, Patrícia Santos, Lídia Cruz e Daniel Xavier Mendes. A equipe conquistou o bronze, ao terminar a prova em em 2min20s91 — ficou atrás da China (2min14s98) e EUA (2min18s99).

Medalhas no tênis de mesa

Cátia Oliveira e Joyce Oliveira conquistaram o bronze na disputa de duplas femininas WD5.

Na semifinal, elas foram derrotadas pelas sul-coreanas Su Yeon Seo e Jiyu Yoon por 3 sets a 0 (parciais de 06/11, 09/11 e 11/13) — no tênis de mesa paralímpico não há disputa de terceiro lugar.

Esta é a segunda medalha paralímpica de Cátia Oliveira, que foi bronze na disputa de simples classes 1-2 em Tóquio, e a primeira de Joyce Oliveira.

E a modalidade tem mais duas medalhas asseguradas. Nas duplas femininas WD20, a dupla formada por Bruna Alexandre e Dani Rauen avançou à semifinal após vencerem as ucranianas Iryna Shynkarova e Maryna Lytovchenko por 3 sets a 0 (parciais de 11/04, 11/02 e 11/03).

Nas duplas masculinas MD18. a parceria entre Claudio Massad e Luiz Manara venceu a dupla francesa Thomas Bouvais e Mateo Boheas por 3 sets a 1 (parciais de 05/11, 11/06, 11/07 e 11/08), e também chegou à semi.