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O cachorro que foi essencial para uma medalha do Brasil nas Paralimpíadas

O nadador Wendell Belarmino com o cão-guia Ink Imagem: Reprodução Instagram

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

01/09/2024 12h00

Wendell Belarmino saiu da água ainda emocionado com a medalha de prata nos 50m livre S11 nos Jogos Paralímpicos de Paris. Em meio a um breve desabafo sobre o último ciclo, fez uma dedicatória à família e citou um nome: "E para o Ink, com certeza. Saudades dele".

Ink foi uma figura essencial na preparação de Belarmino. Não é um familiar (humano) ou membro de comissão técnica. É o cão-guia do atleta, deficiente visual devido a um glaucoma congênito, e que foi um apoio ao nadador em momentos difíceis.

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Além de cão-guia, ele me auxiliou em tudo, foi muito importante para a minha recuperação mental e psicologia. Me deu outra motivação. Ele é um dos maiores personagens dessa medalha Wendell Belarmino, ao SporTV

"A pelúcia (mascote das Paralimpíadas) vai ficar de brinquedo para ele. Estou com muita saudade e doido para voltar e poder apertá-lo", completou.

Belarmino conheceu Ink em meados de 2022, e pôde realizar um sonho de infância. Ele foi buscar o cão no Instituto Federal Catarinense (IFC), em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e passou por três semanas de capacitação. O nadador participou de uma chamada pública voltada, iniciativa em parceria com a Secretaria Nacional de Esportes de Alto Rendimento (SNEAR).

Wendell Belarmino com a medalha de prata dos 50m livre S11 das Paralimpíadas Imagem: Silvio Ávila/CPB

"Não sei explicar o que estou sentindo. Não foi do jeito que eu queria, mas estou muito feliz de estar de volta. Fiz o que eu pude e estou muito feliz com essa prata. Estar de volta é uma sensação indescritível. Passei por muitos momentos de dúvidas de Tóquio até aqui, e estar de volta ao pódio depois de três anos é inexplicável"

O brasileiro foi ouro nos ouro nos 50m livre em Tóquio, mas revela que quase pensou em parar pouco depois do início do período de trabalho visando Paris.

Eu descobri uma lesão no ombro um período antes de Tóquio. Fiz um tratamento meio às pressas só para aguentar. No meio das Paralimpíadas de Tóquio, senti o ombro e senti o outro junto. Cheguei a cogitar parar de nada depois, passou muita coisa pela minha cabeça. Graças a quem não desistiram de mim e me incentivaram, consegui essa prata. Estou feliz porque, quase três anos atrás, nem pensava estar aqui Wendell Belarmino

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