Paralimpíadas: Gabrielzinho cumpre promesa e leva terceiro ouro em Paris

Gabriel Araújo venceu os 200 livre S2 (limitação físico-motora). e conquistou o terceiro ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Ele já tinha chegado ao topo do pódio nos 50m costas e 100m costas.

Como eu estava falando para o meu treinador, a nossa meta está encerrada. Foram três provas [na classe], as três medalhas de ouro Gabrielzinho

Gabrielzinho fez a prova em 3m58s92, e estabeleceu o novo recorde das Américas. O pódio teve ainda Vladimir Danilenko, sob bandeira neutra, que fez em 4m14s16 e ficou com a prata, e Alberto Caroly Diaz, do Chile, com 4m22s18 e o bronze.

"Eu fiz uma estratégia diferente de todas as vezes que eu nadei ela, e deu certo porque o coach falou que era o melhor a se fazer. No aquecimento, ele [treinador] falou: 'Vira duas vezes, que vai sair o tempo. Vai de corpo, volta de costas, faz a virada, volta de costas, faz a virada e volta de corpo, que vai dar certo'. Foi mérito total dele o tempo dessa prova. Com todo o conhecimento, entrosamento, dia a dia, sabemos o que vai ser o melhor a se fazer. Essa medalha, essa prova foi exatamente isso que aconteceu", disse Gabriel.

Com a vitória nos 200m livre, o nadador se tornou bicampeão paralímpico na prova — marca que ele também detém nos 50m costas. Gabrielzinho tem, ao todo, seis medalhas paralímpicas, entre Tóquio e Paris.

No último domingo, ele bateu o recorde mundial nos 150m medley da classe SM2, com 3m14s02, e terminou na quarta colocação. Vale ressaltar que a prova contou com atletas da classe SM3, uma classe acima da do brasileiro.

O atleta atua na classe S2. Ele tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava.

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