Maior campeã do Brasil fecha Paris com 5 pódios: o 8º dia das Paralimpíadas

Maria Carolina Santiago desembarcou em Paris como uma das esperanças de conquistas para o Brasil na natação. Ela encerrou a participação nesta quinta-feira (5) com uma prata, e deu adeus à capital francesa como a brasileira com mais medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos.

Carol Santiago, como é conhecida, alcançou o topo do pódio três vezes nesta edição, e chegou a seis títulos paralímpicos na carreira. Ela ultrapassou a velocista Ádria dos Santos, que tem quatro ouros.

As duas [Paralimpíadas] foram diferentes. Eu tinha achado que Tóquio tinha sido o máximo que eu poderia viver em termos de competições, mas depois dessa competição com essa torcida, essa entrada, esses gritos, essa empolgação, digo que, agora, fizemos as Paralimpíadas completas. Foi muito bonita! Tóquio sempre vai ter um lugar muito especial para mim por ter sido minha primeira, mas acho que nunca passei por nada parecido com isso aqui. Só tenho a agradecer a Paris Carol Santiago

Ela fechou a participação nesta edição com a prata nos 100m peito. A brasileira fez a prova em 1m15s62, e ficou atrás da alemã Elena Krawzow, que fez em 1m12s54 e estabeleceu o novo recorde mundial.

Carol, de 39 anos, conquistou cinco medalhas em Paris. Foram três ouros, nos 50m livre, 100m livre e 100m costas S12, e mais duas pratas, nos 100m peito SB12 e revezamento 4x100m livre - 49 pontos. Eles se somam aos cinco pódios de Tóquio.

Mais medalha na natação

Além da prata de Carol Santiago, a natação brasileira ganhou outras medalhas ao longo desta quinta-feira (5). Talisson Glock, da classe S6 (limitação físico-motora), conquistou a medalha de prata nos 100m livre, ao fazer a prova em 1m05s27. Ficou atrás apenas do italiano Antonio Fantin, com 1m03s12.

Esse foi o terceiro pódio dele em Paris, que também levou bronze nos 200m medley e no revezamento 4x50 - 20 pontos.

Cecília Araújo, da classe S8 conquistou a medalha de prata nos 50m livre nas Paralimpíadas
Cecília Araújo, da classe S8 conquistou a medalha de prata nos 50m livre nas Paralimpíadas Imagem: Alexandre Schneider/CPB
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Cecília Araújo, da classe S8 (limitação físico-motora), conquistou a medalha de prata nos 50m livre. Ela terminou em 30s31, atrás de Alice Tai, da Grã-Bretanha, com 29s91.

Primeira medalha no judô

Rosicleide Andrade, que é estreante em Jogos Paralímpicos, conquistou a primeira medalha para o judô brasileiro em Paris. Ela venceu a argentina Rocio Ledesma Dure na disputa do bronze da categoria até 48kg da classe J1. A brasileira venceu com um ippon após estar vencendo por um waza-ari.

Thiago da Silva, categoria até 60kg da classe J2, e Elielton Olvieria, da categoria até 60kg da classe J1, perderam as lutas pelo bronze.

Bronze no goalball

O Brasil ficou com o bronze no torneio masculino de goalball (atletas com deficiência visual). A seleção venceu a China por 5 a 3 e assegurou lugar no pódio. Esse foi a quarta vez consecutiva que o time verde e amarelo ficou entre os três melhores da modalidade. Anteriormente, conquistou o ouro em Tóquio, bronze na Rio 2016 e prata em Londres 2012.

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Jogadores da seleção brasileira masculina de goalball comemoram conquista da medalha de bronze.
Jogadores da seleção brasileira masculina de goalball comemoram conquista da medalha de bronze. Imagem: Silvio Ávila/CPB

A mentalidade campeã, trabalhamos muito para que isso aconteça e ontem, infelizmente, escapou. O alto rendimento é isso, alguém tem de perder para o outro seguir. Essa medalha de bronze, para a gente, tem um sabor de ouro, sim. É a coroação do nosso trabalho, é a coroação de abdicação que todo mundo teve, que deixou família, filhos, para estar se dedicando ao nosso goalball. Então, é muita felicidade e gratidão a trabalho, a essa conquista e a esse bronze Parazinho

No torneio feminino, por outro lado, o Brasil ficou fora do pódio. A equipe perdeu para a China por 3 a 0 na disputa do bronze, ficou na quarta colocação e repetiu a posição de Tóquio e Rio.

Brasil para na Argentina no futebol

O Brasil está fora da final do futebol de cegos pela primeira vez na história dos Jogos Paralímpicos. A equipe perdeu a semifinal para a Argentina, nos pênaltis — após empate sem gols no tempo regulamentar —, e terá a Colômbia pela frente na briga por vaga no pódio em Paris.

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