Mexicana tentará sétima medalha e quinto ouro seguido nas Paralimpíadas
A disputa do halterofilismo terá a presença de uma multicampeã que tentará a sua quinta medalha de ouro nas Paralimpíadas, completando sua sétima edição consecutiva nos Jogos.
Lenda do esporte
Amalia Pérez, de 51 anos, vai para sua sétima Paralimpíadas consecutiva. Representando o México, ela é uma das grandes favoritas à conquista de uma medalha.
A mexicana possui 33 anos de carreira no halterofilismo. Ela venceu todos os Campeonatos Mundiais do esporte e obteve seis medalhas paralímpicas, sendo quatro de ouro e duas de prata.
Pérez ainda não falou sobre aposentadoria, tendo ela se descrito como forte para continuar competitiva na modalidade, para continuar ativa e dar mais oportunidades aos mexicanos de praticar o esporte.
Amalia vai disputar mais uma medalha nesta sexta-feira (6), às 8h35 (horário de Brasília), quando tentará de vez o seu pentacampeonato paralímpico, agora na categoria PWL, acima de 61 kg.
Carreira de mais de 33 anos
Nascida na Cidade do México, Amalia Pérez nasceu com artrogripose múltipla, condição caracterizada por contraturas nas extremidades, limitando os movimentos da pessoa e, no caso dela, das pernas.
Nos seus primeiros anos, por causa da doença, começou a fazer natação, mas aos 18 anos, após períodos em outros esportes, se encontrou no levantamento de peso.
Com menos de um mês de preparação e realização, conquistou uma medalha de ouro em um campeonato com recorde levantado de 75 quilos, que não pôde ser inscrito na história porque naquela época sua disciplina não estava formalmente estipulada para as mulheres, como estaria a partir de 2000.
Comecei nessa especialidade em 1991, pratiquei outras modalidades como hobby. Como natação, atletismo, basquete e tiro com arco, porém os treinadores viam minhas capacidades como levantadora de peso e nos Jogos Nacionais de Cadeira de Rodas, que são realizados anualmente, eles me disseram para me encorajar a participar do levantamento de peso.
Amalia Pérez, em entrevista ao El Economista
Amalia vai para sua sétima edição das Paralimpíadas
Desde a primeira edição das Paralimpíadas para sua classe PWL, em 2000, em Sydney, onde as mulheres puderam participar do levantamento de peso, a mexicana sempre frequentou o pódio.
Entre participações nas mais diversas categorias, com passagens pelo peso de 48, 52, 55, 60, e agora na categoria dos 61 kg, Amalia já passou e venceu por quase todas elas. Para ela, o que ajudou a melhorar o esporte no México "são os resultados que tive nas competições paralímpicas", conforme disse em entrevista ao El Economista.
Amalia também brigou por condições melhores no levantamento de peso do país, especialmente com a busca de aprimoramento de suas questões físicas para obter melhores resultados.
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Resumo dos resultados dos atletas brasileiros de olho em Los Angeles 2028 e os bastidores do esporte. Toda segunda.
Quero receberQuando comecei a competir a nível internacional, em Sydney, vi equipes que realizavam todo o seu trabalho: médicos, fisiatras, nutricionistas, psicólogos, enquanto estávamos praticamente sozinhos. Os resultados me ajudaram muito a levantar a voz e solicitar melhores recursos.
Amalia Pérez, em entrevista ao El Economista
Agora, ela procura manter seu ritmo positivo na sua sétima Paralimpíadas, uma vez que desde 1999, ganhou medalha de ouro em todos os Jogos Parapan-Americanos, e somado à prata em Sydney (2000) e Atenas (2004), vêm ganhando a medalha dourada desde Pequim, em 2008, tendo renovado a conquista em Londres, Rio de Janeiro e Tóquio.
Já em Paris, a mexicana tentará o pentacampeonato olímpico, mas valoriza o orgulho de estar fazendo parte da elite da modalidade, e quer mais uma medalha para "trazer um ótimo resultado para o país".
Estou muito emocionada. Hoje é um orgulho para mim continuar fazendo parte do para-halterofilismo, onde teremos a oportunidade de estar entre as oito melhores do mundo e mais uma vez aspirar a estar em busca de uma medalha, e de um ótimo resultado para o meu país.
Amalia Pérez, em entrevista à Conade
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