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Campanha histórica em Paris: por que o Brasil é uma potência paralímpica?

Gabrielzinho foi um dos destaques do Brasil nas Paralimpíadas Imagem: Zac Goodwin/PA Images via Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

09/09/2024 05h30

O Brasil fez a melhor campanha da história nos Jogos Paralímpicos na edição de Paris, com recorde de ouro (25), de medalhas (89) e no top-5 na classificação geral. Mas o que faz do Brasil uma potência paralímpica?

Busca de talentos

O vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) apontou a a mudança no olhar para a captação do atleta foi um dos fatores para a evolução do paradesporto no país. Yohansson Nascimento explicou que o CPB se prontificou a ir até as pessoas com deficiência.

O Brasil vem se tornando uma potência paralímpica ao longo dos anos. Desde a primeira vez que esteve entre as dez potências, em Pequim-2008, o país vem figurando nessas posições, ano após ano, a cada ciclo, conquistando cada vez mais medalhas, cada vez mais conquistas em diferentes modalidades. Depois do Rio de Janeiro, em 2016, o CPB mudou um pouco da lógica para ir até onde estavam as pessoas com deficiência, com os nossos programas.
Yohansson Nascimento

O Festival Paralímpico [por exemplo] é uma manhã de sábado em que crianças com deficiência podem ter seu primeiro encontro com o esporte paralímpico. Uma manhã lúdica, passando por algumas modalidades, para que essas crianças comecem a despertar o interesse pelo esporte. No ano passado, estivemos em 119 cidades, mais de 40 mil crianças estiveram presentes para ter esse primeiro contato.

O CPB tem centros de referências que estão hoje espalhadas por 72 cidades de todo o Brasil, com pelo menos um centro de referência em cada estado para que a entidade consiga descobrir cada vez mais os talentos de uma forma mais precoce.

A nossa preocupação não é somente com o alto rendimento, lógico, mas também incluir a pessoa com deficiência na sociedade através do esporte. [...] Atletas que estão aqui hoje, em Paris, conquistando medalhas, como nosso Gabrielzinho, que já conquistou três medalhas de ouro, certamente estão servindo de inspiração para que essas crianças que estão nas suas residências no Brasil possam também pensar em um dia ser campeãs, assim como o Gabrielzinho. Estamos formando cada vez mais ídolos para que essa grande engrenagem possa cada vez mais evoluir, conquistando mais medalhas e orgulhando tanto o povo brasileiro.

O vice-presidente, inclusive, integra esta "engrenagem" e conquistou seis medalhas paralímpicas no atletismo (1 ouro, 3 pratas e 2 bronzes). Yohansson competiu na classe T46 e conheceu a modalidade aos 17 anos, convidado pela técnica Valquíria Campelo, no ônibus em Maceió, sua cidade natal.

O presidente do CPB é Mizael Conrado, também, ex-atleta paralímpico. Ele foi bicampeão paralímpico com o futebol de cegos, em Antenas-2004 e Pequim-2008.

A delegação verde e amarela conquistou 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes, somando 89 medalhas ao todo. O rendimento superou as 72 medalhas totais, de Rio e Tóquio, e os 22 ouros na última edição.

O Brasil terminou as Paralimpíadas de Paris na quinta colocação no quadro de medalhas. Ficou atrás apenas da China, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Holanda — que ficou em quarto, com 27 ouros e 56 medalhas no total.

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