Destaque do Brasil, goleira Lorena perdeu Copa por lesão e joga no Grêmio

A história da seleção brasileira feminina de futebol nas Olimpíadas de Paris-2024 passa por debaixo das traves. Com 27 anos, a goleira Lorena passa segurança para a defesa brasileira. Durante o torneio ela já defendeu dois pênaltis, um contra o Japão, na fase de grupos, e outro contra a França, nas quartas de final. Em ambas as partidas, o placar estava 0 a 0. Além disso, ela voltou a brilhar com defesas importantes na classificação sobre a atual campeã do mundo Espanha e que levou o Brasil à final.

Esse é o primeiro grande evento de Lorena desde que teve uma lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) no joelho esquerdo, que a deixou de fora da Copa do Mundo da Austrália.

Precisando fazer cirurgia, a goleira ficou onze meses parada e só voltou aos gramados em fevereiro deste ano. Em abril, foi convocada pelo técnico Arthur Elias para disputar a She Believes Cup, onde pegou 4 pênaltis (1 no tempo regulamentar e 3 na disputa de penalidades) na partida contra o Japão que rendeu a medalha de bronze na competição.

A goleira nasceu em São Paulo, e começou a jogar futebol brincando na rua. Mas o lugar no gol veio por um acidente. No dia de um torneio de rua, a mãe do goleiro não deixou ele ir, e como ninguém mais queria ocupar a posição, Lorena assumiu o posto. Aos 14 anos, foi para o Bangu, e depois para o Sport.

Lorena chegou ao Grêmio em 2019, onde começou a ganhar notoriedade. Em 2021 foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira, pela então treinadora Pia Sundhage. No ano seguinte conquistou a Copa América. Ela terminou o campeonato sem tomar gols, e foi eleita a melhor goleira da competição.

A frustração, no auge da carreira, quando perdeu a Copa do Mundo por causa da lesão, pode ser substituída pela medalha em uma edição das Olimpíadas. Com destaque em Paris, Lorena é uma das responsáveis pela classificação brasileira durante toda a competição.

Contra a Nigéria foram cinco defesas, sendo duas difíceis. Apesar das derrotas para Japão e Espanha ela também foi um dos destaques, evitando um placar maior. Contra a França, além do pênalti, fez mais três defesas e ganhou todos os duelos aéreos.

Agora Lorena vai disputar sua primeira final olímpica e já tem medalha garantida uma vez que, se o Brasil perder, conquista a prata e em caso de vitória leva o ouro inédito. A goleira vai encarar o melhor ataque da competição até aqui, dos Estados Unidos, com 11 gols. O jogo que vale a medalha acontece neste sábado (10), às 12h (de Brasília).

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