Chico Porath comenta sobre salto novo de Rebeca Andrade

Rebeca Andrade e seu técnico, Chico Porath, sempre tiveram cuidados ao colocar coisas novas nas séries da ginasta. Sempre respeitando os limites do corpo de Rebeca, que já teve três lesões graves no joelho. Para os Jogos Olímpicos de Paris, vão avaliar a cada etapa quais dos upgrades planejados pela dupla serão competidos.

O que dá para adiantar é que Rebeca Andrade inscreveu um salto novo, o Yurchenko com tripla pirueta, para que ele seja homologado pela Federação Internacional de Ginástica. Mas Chico Porath disse que ela deve realizá-lo apenas na final do aparelho. "Ela treinou para fazer esse salto. Vai depender de como ela vai estar ao longo da competição", disse o técnico. Chico afirmou que na final por equipes e no individual geral, Rebeca deve se apresentar com o Cheng, que é seu segundo salto mais difícil.

Sobre o salto, Chico Porath também comentou sobre o seu valor de dificuldade. A FIG definiu o valor de 6.0 de dificuldade, aumentando dois décimos do valor que era esperado na comparação com os outros saltos do mesmo estilo. "Uma meia volta a mais depois de uma dupla e meia que já é um salto mais difícil talvez tenha que ser melhor bonificado. Acredito que tenha sido isso que aconteceu. Hoje ela aqueceu bem, fez a dupla e meia, mas agora tem todo o processo, com a qualificação e as finais para terminar com essa cereja do bolo", explicou o treinador.

Outras novidades

No solo, Rebeca Andrade deve aumentar a sua nota de dificuldade em até três décimos, podendo chegar a um total de 6.5. Ela trocou um dos seus saltos de dança e está com uma nova série acrobática. Ela está fazendo um flic sem mãos seguido de um tsukahara esticado, que deve ser sua primeira passada em Paris.

Na trave e nas barras assimétricas, Rebeca Andrade mostrou no treino de pódio duas saídas novas. Nas barras, ela fez duas vezes, incluindo em uma versão completa da sua prova o Fabrichinova. O elemento trata-se de um duplo mortal grupado com duas piruetas. Ela já competiu essa saída em 2022 na Copa do Mundo de Paris e o elemento parece pronto para entrar na série da ginasta em Paris. Com o Fabrichinova, as paralelas de Rebeca Andrade terão 6.4 como valor de dificuldade, aumentando 0.2 da sua série do Mundial do ano passado.

Na trave, ela apresentou um tsukahara grupado (duplo mortal com pirueta) de saída, mas fazendo ele solto, sem o resto da série. Dos upgrades de Rebeca Andrade, esse talvez seja o mais difícil de entrar na série da ginasta brasileira, ainda mais com ela fazendo sua saída atual, o duplo carpado, com uma execução perfeita.

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