Rebeca Andrade pretende fazer a tripla pirueta no futuro

Paris - A final do salto sobre a mesa terminou com medalha de prata para o Brasil. Rebeca Andrade defendia o ouro, mas competindo contra toda a dificuldade de Simone Biles não foi possível terminar na primeira posição. A brasileira tinha um salto novo na manga, um Yurchenko com tripla pirueta, mas optou por realizar um salto mais seguro para garantir a medalha.

"Eu queria muito ter feito mas ao mesmo tempo eu acho que eu não estava cem por cento confiante como eu estava pra fazer um Cheng e uma dupla e meia pirueta que foram bons saltos para a gente garantir a medalha. Mas eu espero um dia conseguir fazer sim a tripla porque ela estava muito boa", comentou Rebeca Andrade. A ginasta disse não se sentir segura com a mesa de saltos da Gymnova, marca de aparelhagem que está sendo utilizada nos Jogos Olímpicos. No Mundial de 2022, por exemplo, Rebeca não conseguiu ir à final de salto após a sua mão escorregar na mesa da marca. "Realmente a Gymnova não me dá 100% de segurança e eu decidi me prevenir e me cuidar", completou a ginasta.

Perseguindo a dificuldade de Biles

Rebeca Andrade teve as melhores notas de execução da final, superando até mesmo Biles. Mas a norte-americana garantiu a medalha dourada com a dificuldade dos seus saltos. As duas fazem o Cheng, mas o segundo salto de Simone Biles, o Yurchenko com duplo mortal carpado, é simplesmente o mais difícil do código de pontuação, com um ponto a mais em nota de dificuldade do que o Amanar, o segundo salto que Rebeca Andrade apresentou em Paris.

Mesmo perdendo o título para Simone Biles, Rebeca Andrade elogiou a adversária e disse que ela a ajuda a também buscar o seu melhor e se superar dentro do esporte "A Simone é de outro mundo. Eu sempre busco evoluir e melhorar da melhor maneira possível. poder assistir ela e ver a ginástica incrível que ela tem, eu acho que incentiva a todos a querer fazer mais. Mas é óbvio que a gente precisa ter consciência e segurança pra fazer todas as coisas novas que a gente gostaria de fazer. Por isso que não fiz a tripla. Não é porque estava difícil ou tive medo. Mas é porque eu não estava super confiante", explicou.

Rebeca Andrade ainda disputa outras duas finais nos Jogos Olímpicos de Paris. Na segunda-feira (5), ela vai em busca da medalha no solo e na trave. Chico Porath, técnico da ginasta, adiantou que ela deve manter as mesmas séries que apresentou na final do individual geral sem os upgrades que ela estava treinando como o flic sem mãos no solo e a saída de Tsukahara da trave. Vale destacar também que se Rebeca Andrade ganhar ao menos uma medalha nas duas finais ela ultrapassa Robert Scheidt e Torben Grael e se tornar a maior medalhista olímpica da história do Time Brasil.

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