Calderano reconhece que sentiu o baque da derrota na semi

Paris - Muito abalado após a derrota na decisão pelo bronze neste domingo (4), Hugo Calderano precisou de um tempo para se recompor antes de falar com a imprensa. Mas o maior desafio para o quarto colocado na disputa olímpica do tênis de mesa foi se restabelecer do revés sofrido na semifinal.

"Eu não tive muito tempo, eu tentei o meu melhor. Claro que eu fiquei muito decepcionado de não ganhar aquela semifinal, mas ao mesmo tempo, algumas horas depois e ontem o dia inteiro, tentei pensar como abordar essa disputa do bronze, minha equipe me ajudou bastante, mas é claro que foi muito difícil para mim me recuperar, eu fiz tudo o possível, tudo o que eu pude, mas infelizmente não consegui propor o meu melhor nessa partida de hoje" reconheceu.

O brasileiro foi superado pelo francês Felix Lebrun. O adversário de 17 anos foi empurrado por uma arena lotada com 6.500 torcedores. "Não, eu acho que não me afetou muito o fato da torcida estar torcendo por ele. Talvez tenha ajudado ele a jogar ainda melhor, mas eu acho que isso não me afeta bastante. Talvez até poderia ajudar a dar mais energia assim na partida em geral, mas acho que não foi muito importante nesse jogo", disse o mesa-tenista que fez a melhor campanha da história do Brasil no esporte.

Ainda não acabo

Hugo Calderano agora vai se concentrar na disputa por equipes, que começa já nesta segunda-feira (5). "Vai ser um desafio muito grande, mas depois disso vou tentar tirar um tempo, algumas semanas ou um mês fora com a minha família, para tentar descansar um pouco, com certeza vai me fazer muito bem isso."

O carioca de 28 anos projetou também o início de um novo ciclo olímpico. "Com certeza a minha carreira e a vida não acaba aqui, eu acho que ainda tenho muito mais para dar para o esporte brasileiro, para o tênis mesa brasileiro, claro que eu vou precisar assimilar esse resultado, que foi um resultado positivo, mas claro muito decepcionante no final. Só preciso de tempo para voltar com calma, voltar a treinar, me dedicar, eu sempre dou o meu 100%. Acho que até aqui eu sempre continuei evoluindo constantemente, e tenho certeza que não é aqui que eu vou parar de fazer isso", concluiu.

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