Brasil traz o bronze e mantém sequência histórica no vôlei

Paris - A seleção feminina de vôlei superou a Turquia por 3 sets a 1 (25/21, 27/25, 22/25 e 25/15) na decisão pelo bronze nos Jogos Olímpicos de Paris. Com a vitória deste sábado (10) na Arena Paris Sul 1, o Brasil manteve uma sequência histórica. Desde Barcelona-1992 o vôlei conquista ao menos uma medalha.

Este é o terceiro bronze conquistado pelo time feminino. Os outros dois foram obtidos em Atlante-1996 e Sydney-2000. Essas foram as primeiras medalhas vencidas pelas meninas do vôlei brasileiro. Abriram caminho para o bicampeonato olímpico de Pequim-2008 e Londres-2012, além da prata em Tóquio-2020.

O Brasil foi à quadra com Roberta, Thaisa, Rosamaria, Gabi, Ana Cristina, Carol e Nyeme (líbero). Já a equipe turca veio com Melissa Varga, Meliha Diken, Derya Cebecioglu, Elif Sahin, Eda Erdem Dundar, Asli Kalac e Gizem Orge (líbero).

A Turquia abriu 3 pontos logo de cara, mas o time brasileiro não se abalou. Virou o jogo para 8 a 4 e obrigou o técnico italiano Daniele Santarelli a pedir tempo. A diferença caiu para um ponto no grande rali do primeiro set, com 9 a 8 no placar.

O duelo ficou mais pegado, com volume dos dois lados, e com os times se intercalando na liderança. O time vermelhou forçou o jogo com Vargas, que anotou 9 pontos na primeira parcial. Mas o Brasil subiu o bloqueio (4 no primeiro set) para abrir vantagem e fechar em 25 a 21.

Ralis e reviravoltas

No segundo set, foi o Brasil quem largou em vantagem. Abriu 4 a 0, mas as turcas virararam o duelo após tempo técnico. Após um rali vencido pelas turcas, Julia Bergmann veio para o jogo. José Roberto Guimarães também promoveu a inversão 5x1 com Tainara e Macris.

O grande rali do jogo foi vencido pelo time brasileiro, com 9 a 9 no placar. Mas as turcas cresceram no jogo até abrirem 16 a 12. O Brasil voltou a subir o bloqueio e explorar o talento da capitã Gabi para deixar tudo igual em 20. O duelo seguiu ponto a ponto até o fim da parcial, que terminou em 27 a 25.

O equilíbrio seguiu no terceiro set. Melissa Vargas forçou o saque de um lado, mas Ana Cristina respondeu do outro. Mas foi na passagem de Cebecioglu no serviço que a Turquia abriu vantagem de 17 a 15, com dois aces. O time brasileiro passou a cometer erros na virada de bola, enquanto as turcas mantiveram a lucidez nas ações ofensivas com a capitã Erdem Dundar para concluir em 25 a 22.

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A dupla Vargas e Cebecioglu seguiu fazendo estragos no começo da quarta parcial, tanto no saque, quanto no bloqueio para fazer 7 a 4. Julia Bergmann e Marcris voltaram para o jogo. A mudança fez efeito e o Brasil virou o placar para 9 a 7.

Santarelli colocou Ebrar Karakurt no jogo, mas o Brasil ampliou a vantagem. Com muito volume, a seleção verde-amarela chegou a 16 a 9. O fundo continuou consistente até o fim para trazer a vitória no confronto, por 25 a 15.

"Eu tinha uma preocupação grande com a conquista dessa medalha porque eu ficaria muito triste se nós voltássemos para o Brasil sem nada. Era uma questão extremamente importante de representar o nosso povo, a nossa bandeira, de sair daqui com uma medalha olímpica, porque isso é história", exaltou José Roberto Guimarães, muito emocionado após a partida.

Trajetória em Paris

A equipe feminina fez uma campanha perfeita até as quartas de final. Não perdeu nenhum set para Quênia, Polônia e Japão, adversários na primeira fase, além da República Dominicana, oponente no mata-mata.

A derrota brasileira veio em um duelo contra os Estados Unidos, decidido no tie-break. As norte-americanas já haviam vencido o time verde-amarelo na decisão de Tóquio-2020.

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