Triatlo brasileiro faz história em Paris com dois top-10

Paris - O Brasil contou com quatro atletas no triatlo da Olimpíada de Paris-2024. O caçula Miguel Hidalgo foi o responsável pelo melhor resultado do país, não só da edição, mas também da história da modalidade: ele ficou na décima colocação, superando em uma posição o desempenho de Sandra Soldan em Sydney-2000. Além disso, o revezamento misto formado pelo próprio Hidalgo e por Manoel Messias, Djenyfer Arnold e Vittoria Lopes ficou em oitavo lugar.

Fazendo sua primeira aparição olímpica, Miguel Hidalgo teve uma grande atuação esteve na luta pelo pódio. Ele não teve um bom início na natação, mas após sofrer com a "desonestidade" dos adversários. Ele cresceu na parte do ciclismo e chegou a figurar no top-5 na corrida, a três segundos do terceiro colocado, mas foi ultrapassado na reta final.

O paulista de 24 anos terminou na décima colocação, com 1h44min27s. O top-10 é o melhor resultado do triatlo brasileiro em Jogos Olímpicos. Ele superou o 11º lugar de Sandra Soldan e o 14º posto de Leandro Macedo, ambos de Sydney-2000, exatamente no ano em que Miguel Hidalgo nasceu. Apesar do resultado histórico, ele mostrou-se insatisfeito com o desempenho, uma vez que queria o ouro.

Mais bons resultados

Outro bom resultado individual do triatlo brasileiro em Paris-2024 foi o de Djenyfer Arnold, que também fez sua estreia olímpica e terminou na 20ª colocação da disputa feminina com 1h58min45s. Ela chegou a aparecer em 11º lugar após a última transição, mas perdeu posições na corrida. Foi a primeira vez desde Sydney-2000 que o Brasil teve um top-20 na competição (além do resultado de Miguel Hidalgo).

Além de Djenyfer e Miguel, o Brasil contou com os já experientes Manoel Messias e Vittoria Lopes, que também estavam presentes em Tóquio-2020. Vittoria chegou a figurar na terceira colocação após a natação, sua melhor prova, mas caiu ao longo da disputa e terminou em 25º lugar com 2h00min10s. Já Manoel Messias foi aquém do esperado e ficou na 45ª colocação entre 53 atletas, com o tempo de 1h51min00s.

Por fim, o Brasil também participou do revezamento misto pela primeira vez. A prova estreou no programa olímpico em Tóquio-2020, mas nosso país não contou com uma equipe. Desta vez, Miguel Hidalgo, Djenyfer Arnold, Manoel Messias e Vittoria Lopes disputaram a prova. O quarteto também lutou por medalha e terminou em oitavo lugar na competição, com 1h27min23s, a menos de dois minutos e meio do pódio.